Semana da Vida quer promover valores familiares LÃgia Silveira 14 de Maio de 2008, às 17:18 ... A vida é a grande prioridade na temática da famÃlia, defende responsável por este sector da pastoral em Braga Está a decorrer nas várias dioceses do paÃs a celebração da Semana da Vida. Sete dias para alertar consciências para a importância familiar, para os comportamentos sociais dos indivÃduos em área tão distintas como o respeito pela vida humana, comportamentos sociais ao volante, preservação ambiental ou muitos outros. Afinal, o princÃpio de tudo é a vida. José Maria Sousa, responsável pelo Departamento Arquidiocesano da Pastoral Familiar de Braga, explica à Agência ECCLESIA que nesta diocese são as paróquias as promotoras das actividades que dão corpo a esta reflexão. O Secretariado Nacional do Laicado e da FamÃlia disponibilizou subsÃdios pastorais que estão a ser aplicados nas paróquias. Aproveitando o mês de Maria as paróquias organizam recitação do terço e reflexões sobre a vida. Nas paróquias mais populosas estão preparadas algumas palestras. As iniciativas “acabam por ser mais celebrativasâ€, indica José Maria Sousa, que acrescenta ser igualmente importante ajudar as pessoas a reflectir sobre a vida “em todas as suas fasesâ€. Esta semana temática, que termina no próximo dia 18, encerra em Braga com um Congresso sobre a FamÃlia, no dia em que a diocese celebrar também o Dia Diocesano das FamÃlias. O Congresso representa o culminar de um trabalho de três anos que a Arquidiocese desenvolveu. Uma acção pastoral dedicada à famÃlia. “Não será o fim, mas o princÃpioâ€, indica o responsável pelo Departamento Arquidiocesano da Pastoral Familiar. “Queremos criarmos um espaço de debate amplo com linhas orientadas para o futuroâ€. “A vida é a grande prioridade na temática da famÃliaâ€. A partir daqui a reflexão abre-se para muitas áreas. Em Braga, José Maria Sousa explica que três vertentes estão em análise. As ligações familiares entre as diferentes gerações, “com especial incidência nos idososâ€, explica. “A partir dos idosos podemos também reflectir nas questões do abandono e da solidãoâ€. A segunda grande reflexão aponta para a resposta que a comunidade familiar e paroquial dá ao acompanhamento de grávidas e a crianças. Por último as questões de vida relacionadas com a sociedade no seu todo, presente “na consciência ambiental e cuidados nas estradasâ€, destaca. De âmbito autárquico, sendo este o poder governativo mais próximo das populações, “há uma maior atenção à terceira idadeâ€, aponta o responsável pelo Departamento Arquidiocesano da Pastoral Familiar. Esta área é que maior atenção ganha nas questões da vida. Sociedade ataca famÃlias Mas de uma forma geral “a semana da vida e até mesmo o dia da famÃlia não é reconhecido pela sociedadeâ€, admite. José Maria Sousa aponta que a sociedade actual não acompanha e chega mesmo a “atacar o núcleo familiarâ€. O momento económico e social “não ajuda à estabilidade das famÃlias e a uma vida digna e felizâ€. As leis têm uma visão distorcida da famÃlia, aponta, destacando que o quadro legislativo abre espaço a núcleos familiares “muito distintos dos que conhecemosâ€. Sobre a lei do divórcio, José Maria Sousa sublinha um “facilitismo que em nada ajuda as pessoas a crescerâ€. O responsável rejeita qualquer moralismo, pois indica tratar-se antes de “humanismoâ€. As rápidas decisões “podem ser precipitadasâ€, explica o responsável, habituado a acompanhar casais e a perceber de perto a realidade de muitas famÃlias. Os legisladores pecam pela falta de humanismo e notam um “desconhecimento real dos problemas concretos das pessoasâ€. A Semana da Vida deveria ter “uma maior dimensão do que a que temâ€, analisa. Dada a importância do próprio tema, “há que fornecer formas de reflexãoâ€. Observatório da FamÃlia Comentando a iniciativa da autarquia da Trofa que amanhã, dia 15, vai assinar um protocolo para a criação de um Observatório da FamÃlia, José Maria Sousa, acredita que um organismo como este “vai lançar um alerta sobre os verdadeiros problemas da FamÃliaâ€. O Observatório da FamÃlia vai permitir um acompanhamento contÃnuo das condições de vida das famÃlias, dos problemas sociais que enfrentam e das medidas destinadas a combatê-los. “A sociedade precisa ser alertadaâ€, indica. José Maria Sousa indica que se vive uma vida paralela “dentro e fora de portas, parece que as pessoas que estão dentro de casa são diferentes das que vivem fora de casaâ€. O Observatório em si, é já um alerta. Mas será necessário também fazer “uma análise crÃtica e documentada que serão ponto de partida para as soluções de situações concretasâ€. Este será o ponto de partida para uma reflexão mais alargada, quem sabe a nÃvel nacional. Semana da Vida Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...