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Sínodo 2015: D. Manuel Clemente defende «valor primordial» da família para o futuro da sociedade

Agência Ecclesia
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(Lusa)
(Lusa)

Cardeal-patriarca rejeita pressões sobre assembleia de bispos

Roma, 05 out 2015 (Ecclesia) – O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) considerou que o Papa está “muito atento” a todos os fatores de “desagregação social e comunitária” que afetam as famílias, centro da assembleia sinodal em curso no Vaticano.

“O que é preciso é reforçar esta primeira aprendizagem social que é a família de cada um e que as próprias sociedades deem à família o valor primordial que ela tem de ter para o bem e para o futuro das sociedades”, explicou D. Manuel Clemente, em declarações à Renascença, no início dos trabalhos do Sínodo dos Bispos.

O cardeal-patriarca de Lisboa destacou que hoje “é possível” realizar um percurso individual que “não havia noutros tempos”.

“Por isso, é que o reforço da realidade familiar, do seu valor, da sua importância, da sua urgência a que é a vocação da família é a sua missão”, frisou.

Neste contexto, assinalou que se os cristãos “também” acreditam nisso têm de estar na “primeira linha do reforço da realidade familiar, do seu acompanhamento, da sua preparação”.

D. Manuel Clemente, que juntamente com D. Antonino Dias, bispo de Portalegre-Castelo Branco, representa a CEP no Sínodo 2015, comentou ainda as declarações de um sacerdote, funcionário da Cúria Romana, que revelou ser homossexual.

“É uma contradição absoluta com o que ele, enquanto padre, se comprometeu a fazer quando fez votos de celibato mas também com a sua missão. Afinal, estava numa congregação e é colaborador de uma congregação que tem como objetivo promover e defender a fé e os costumes na visão cristã e católica”, desenvolveu.

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa constata que os membros do sínodo são “pessoas amadurecidas” e os próprios casais e as famílias que participam “são protagonistas de outra ideia e de outra vivência da sexualidade e da conjugalidade”.

Nesse sentido, entende que as pessoas que querem pressionar a assembleia sinodal “podem desiludir-se”.

A 14ª assembleia geral ordinária do Sínodo, sobre o tema ‘A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”, decorre até 25 de outubro.

RR/CB/OC



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