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Sínodo: Bispo de Viseu espera «decisões inclusivas, acolhedoras e construtivas»

Agência Ecclesia
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Sínodo dos Bispos (news.va)
Sínodo dos Bispos (news.va)

D. Ilídio Leandro enumera desafios relacionados com o Batismo de crianças e a Comunhão

Viseu, 14 out 2014 (Ecclesia) - O bispo de Viseu afirmou que o Sínodo dos Bispos sobre a Família, que decorre em Roma, tem de enfrentar os problemas atualmente “pendentes de decisões inovadoras e, sobretudo, pastoralmente inclusivas, acolhedoras e construtivas”.

Numa reflexão enviada à Agência ECCLESIA, D. Ilídio Leandro disse esperar do encontro sobretudo “um espelho para ver melhor a grandeza, a altura e a profundidade do coração acolhedor e misericordioso” de Deus.

“Ninguém está fora da salvação – é o primeiro e fundamental princípio que deve dar orientação para toda a atividade pastoral da Igreja”, recorda o prelado, enumerando em seguida “algumas questões que estão em reflexão” no Sínodo “e que “são muito importantes na pastoral dos casos difíceis”.

Em primeiro lugar, o “Batismo das crianças”: para D. Ilídio Leandro, “nunca deve estar em causa quando, como em todos os casos, alguém assume a catequese e a ajuda na formação das crianças”.

No que toca à “participação na Eucaristia e na vida da Igreja”, o bispo sublinha que ela não só é permitida como incentivada, para que, “como cristãos, todos sejam coerentes e construtores da Igreja de Jesus Cristo, na consciência de que será sempre santa e pecadora, no seu caminho para o Reino”.

“Jesus não instituiu a Eucaristia como prémio mas como vida, alimento, companhia, presença e ajuda próxima no caminho”, frisa o responsável católico.

Quanto à Comunhão, mesmo aqueles que não possam, “de forma temporária ou permanente” comungar, por não viverem nas “condições requeridas”, são chamados a “comungar no desejo, que traduz a vontade de comunhão e a necessidade de a construir pelos meios possíveis”.

D. Ilídio Leandro lembra que estes meios “podem ser o Sacramento da Reconciliação ou, então, a contrição permanente, por haver um obstáculo eclesial que, nas circunstâncias concretas, não está nas possibilidades humanas e imediatas ultrapassar”.

Ainda quanto a esta matéria, o prelado sustenta que estar “excluído da comunhão eucarística não é igual a estar em pecado”, pois “pode ter-se cometido (ou não ter agido) em algo e estar-se arrependido”.

“Jesus deixou, entregue à Igreja, o caminho do reencontro”, no entanto ela “não é, mesmo, a última situação nem a única oferta nem a total possibilidade de salvação do Pai. Graças a Deus! Essa é Jesus Cristo Ressuscitado que, morrendo por nós, venceu todo o pecado e todas as suas consequências e limites”, conclui o bispo de Viseu.

JCP



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