O Sínodo Diocesano «só começa verdadeiramente quando este termina», referiu este sábado D. José Pedreira, na celebração eucarística na qual se deu «graças» por todos os dons recebidos nesta «caminhada» e se expressou sentimentos de gratidão pelo empenho e dedicação de todos os participantes.
No momento em que a Comissão de Redacção do Sínodo Diocesano vai colocar em letra de forma o conjunto das propostas acerca das três temáticas tratadas ao longo das diversas sessões das três Assembleias, o prelado vianense sublinhou que o Sínodo só terá vida própria quando se transformar na «matriz de todos os planos pastorais futuros». Mas não deixou de advertir que não se trata da «varinha de condão » que vai «solucionar todos os problemas e questões ».
No dia 29 deOutubro, os 74 membros da magna Assembleia Sinodal do primeiro Sínodo Diocesano de Viana do Castelo votaram, sem votos desfavoráveis, as propostas respeitantes à “Comunhão e Participação na Vida da Igreja”. Os membros desta Assembleia Sinodal pediram que seja «implementada formação específica» para os leigos em ordem à «verdadeira participação e responsabilidade ». Neste espírito de serviço pedem que esta formação seja «imediata » para os Conselhos Pastorais Paroquiais, tornando- os em espaços de «participação e de vivência comunhão- eclesial», assim como tornar o funcionamento dos Conselhos para os Assuntos Económicos em «exercício de participação e co-responsabilidade» de todos nos problemas das comunidades.
No capítulo da formação pediu-se que seja «fomentada » a formação, a nível diocesano, em ordem a «uma melhor compreensão da identidade da Igreja como mistério de comunhão e como presença de Cristo no mundo» e que dê, ao mesmo tempo, bases sólidas para uma «efectiva e esclarecida» participação nas estruturas sociais, da política à cultura, do desporto à educação. Segundo os participantes, comunhão e participação pedem novas «formas de exercitar um diálogo verdadeiro e autêntico» entres os membros das comunidades católicas e uma «relação aberta» com todas as outras confissões presentes neste território, com particular destaque para as religiões monoteístas. As festas religiosas, pede-se nas propostas, sejam «orientadas num sentido de um apelo ao compromisso com a vida da comunidade » e aproveite-se o «dinamismo e mobilização» que estas originam para «criar mecanismos e formas de participação mais alargada na vida paroquial».
As celebrações eucarísticas nas comunidades, disseram os participantes, devem ser orientadas no sentido de uma «verdadeira experiência de Igreja–comunhão », tanto a nível da formação da fé nelas ministrada, como pela consciência do sentido e pela vivência. Foi proposto ainda que sejam fomentadas «experiências de partilha e comunhão fraterna» como prolongamento da Eucaristia e construção de uma comunidade aberta aos que estão longe ou se afastaram.
Semana da Diocese
D. José Pedreira, que ontem presidiu, na Sé Catedral, à Eucaristia de abertura da Semana da Diocese – cumpre, no próximo dia 3 de Novembro, 28 anos de existência – exortou os seus diocesanos a empenharem- -se em todas as causas desta parcela do Povo de Deus, nomeadamente, através de uma vida mais santa e contribuindo para as infra-estruturas necessárias à realização das tarefas pastorais.
O mundo dos homens e mulheres do nosso tempo é «o campo da nossa missão de cristãos», onde é devido «o cumprimento dos preceitos de Deus», porque pelo baptismo fomos gerados «criaturas novas, para amar e servir a Deus, e enviados a dar testemunho d’Ele perante os homens», recordou o prelado.
Este, sublinhou o Bispo, é também o tempo de dar o «contributo material para a manutenção desta Igreja diocesana», mormente para levar a bom termo as «grandes obras que tem em curso: o terminar de um Sínodo Diocesano; a construção da Casa Sacerdotal, destinada a acolher os sacerdotes idosos ou doentes, praticamente terminada; e do auditório do Centro Pastoral Paulo VI, em Darque, onde serão realizados os grandes encontros pastorais ao longo dos anos», porque «a Igreja é de todos: paróquias, movimentos e simples fiéis leigos».
«Vinte e oito anos depois da criação da Diocese, – salientou o Prelado – queremos celebrar esse acontecimento importante para a Igreja que está nesta região do Alto Minho», através da promoção de várias actividades de carácter pastoral, como «celebrar a memória daqueles que, nascidos nesta Diocese, se santificaram e subiram aos altares, e lembrar e sufragar os benfeitores desta Diocese, dos mais públicos aos mais anónimos ».
No contexto desta semana realizam-se ainda outras iniciativas como o Fórum Sacerdotal, a Abertura das Aulas da Escola Superior de Teologia e outros encontros de membros de movimentos eclesiais.