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Sínodo: Perspetiva da Igreja deve ir «numa linha de acolhimento» de todos

Agência Ecclesia
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(Lusa)
(Lusa)

Porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa comenta dados do relatório intermédio

Fátima, Santarém, 14 out 2014 (Ecclesia) – O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) referiu-se hoje ao relatório intermédio do Sínodo dos Bispos sobre a Família, que aponta para a necessidade de uma atitude de maior acolhimento face aos homossexuais.

No final da reunião do Conselho Permanente da CEP, em Fátima, o padre Manuel Barbosa salientou que a perspetiva da Igreja deve ir "numa linha de acolhimento” e “não de rejeição pura e simples”.

“Não se pode rejeitar ninguém, cada pessoa tem que ser acolhida, na variedade da sua forma de ser ou de estar. Não é só pelo Papa Francisco e bem, nos ter apelado a isso, é preciso perceber as situações e ver também caminhos de ajuda que possamos ter diante dessas situações”, apontou o secretário do organismo episcopal.

Sobre algumas vozes que já se levantaram dentro da Igreja para pedir maior prudência nesta abordagem, o porta-voz da CEP referiu que entre os bispos portugueses há sobretudo a vontade de que o encontro de Roma gere “consensos”.

“Na doutrina essencial há consenso, no que é essencial. Não quer dizer que isto não seja importante, mas nesta reflexão que o Sínodo está a fazer vai tentar chegar a consensos, sabendo que há sempre opiniões diferentes, como é habitual”, complementou.

Este e outros temas que estão a ser analisados no Sínodo dos Bispos, num plano mais doutrinal, e as dificuldades económicas que enfrentam hoje as famílias e afetam a natalidade, num plano mais social, vão ser analisados pela próxima Assembleia Plenária da CEP, em novembro.

Nesse encontro, o episcopado português conta fazer “uma reflexão mais demorada” acerca das conclusões do Sínodo, já com os contributos que serão trazidos por D. Manuel Clemente, presidente da CEP, que está em Roma a acompanhar os trabalhos.   

O padre Manuel Barbosa sublinha que o que está em causa é “apoiar verdadeiramente a família cristã e fazer dela, e da pastoral familiar o critério de ação de todas as comunidades católicas”.

Na conferência de imprensa com os jornalistas, o porta-voz da CEP revelou ainda a aprovação por parte dos bispos portugueses de “um projeto de nota pastoral” dedicado ao próximo Ano da Vida Consagrada e que irá ser também apresentado em Assembleia Plenária.

JCP



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