Nacional

Taizé, um sentido para a vida

Pe. Agostinho França
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É significativo que o 27º Encontro Europeu de Jovens - animado pela comunidade de Taizé, e que vai juntar dezenas de milhares de jovens na região de Lisboa -, faça de charneira entre 2004 e 2005: é como uma festa de passagem de ano à escala europeia num réveillon de fraternidade juvenil, oração e confiança. A PAULUS Editora alia-se à preparação deste encontro publicando a obra Taizé: Um sentido para a vida, do escritor e teólogo ortodoxo Olivier Clément. O mote do livro é dado logo nas primeiras páginas: “Amigos desconhecidos que lereis este livro, fui jovem como o são muitos de vós […]. Vivia num meio radicalmente ateu, não tinha sido baptizado após o nascimento e, como vós, fazia a difícil aprendizagem da vida, entre a angústia e o deslumbramento. (…) Ao longo da minha reflexão, da minha busca, encontrei Taizé. O meu coração foi tocado pelos textos breves e luminosos do irmão Roger; […] descobri não apenas o pensamento, mas também a força serena, a força criadora do irmão Roger e dos seus companheiros, essa força que como um íman atrai a Taizé […] fluxos renovados de jovens que fazem de Taizé o lugar de um prodigioso encontro em que se constrói a Europa do Espírito”. Ao longo de sete capítulos, Olivier Clément relata a sua experiência pessoal de Taizé e propõe uma interpretação teológica e espiritual acessível à leitura e compreensão de todos os jovens – e não só -, que buscam em Cristo um sentido para a vida. A proposta de Taizé é uma resposta concreta aos anseios do nosso mundo actual marcado pela globalização, tantas vezes cruel e desenfreada, pelo individualismo, pelas assimetrias económico-sociais e pelo indiferentismo religioso que esvazia a existência humana da presença de Deus. É também proposta de renovação eclesial, pois procura encarnar um cristianismo de comunhão, de ecumenismo, de integração entre a vida interior – na simplicidade da oração, que privilegia a dimensão afectiva –, a solidariedade e o agir. Nas palavras de O. Clément, Taizé propõe “uma mística que irriga a sociedade e a cultura […] e evoca paz, reconciliação, comunhão e a expectativa de uma primavera da Igreja”. Ou como diz o irmão Roger: “Quando a Igreja escuta, cura, reconcilia, torna-se o que é na sua parte mais luminosa: o reflexo límpido de um amor”. PAULUS Editora


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