Nacional

Timor: esquecer o massacre de Santa Cruz

Luís Filipe Santos
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“Foi um pequeno contributo, no quadro da mobilização crescente em Portugal, com a causa de autodeterminação de Povo de Timor†– disse à Agência ECCLESIA Rui Marques, presidente da «Associação 12 de Novembro» que celebra hoje o seu aniversário. Esta associação nasceu em 1992 depois da iniciativa do “Lusitânia Expresso†– sublinhou. Depois do “horrível massacre†do cemitério de Santa Cruz, em Timor, o que “importa recordar é que valeu a pena este esforço†porque foi possível “atingir aquilo que parecia uma utopiaâ€. A libertação de Timor do jugo da Indonésia deve-se sobretudo “aos timorenses†visto que foram eles “que suportaram, anos e anos, toda a lutaâ€, quando Timor ainda não era tema internacional. De 1975 a 1989 “tivemos um silêncio total†mas “eles resistiram heroicamente†– disse Rui Marques. As alterações surgiram na década “mediática†(1989/99) e o caminho teve “o sucesso em 1999â€. E adianta: “o grande obreiro desta libertação é o povo de Timorâ€. Um aniversário sem comemorações especiais porque “é um tempo de começarmos a virar a páginaâ€. A memória do 12 de Novembro “deve ser guardada silenciosamente†mas “para Timor é tempo de olhar para o futuro†e saber “honrar a memória daquelas pessoasâ€. Actualmente, a Associação está numa fase “muito menos activa†porque, desde 1999, o objectivo principal “está conseguido†apesar dos três anos seguintes termos “apostado na construção, em Dili, do Centro Juvenil Pe. António Vieira†– finalizou.


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