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Tolerância não deve ser sacrificada em nome da crise e do terrorismo

Agência Ecclesia
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O ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, defendeu que Portugal tem de evitar o risco de ver a tolerância religiosa e intercultural sacrificada em nome do combate ao terrorismo e à crise financeira. "Há, de facto, um risco e nós temos que o enfrentar. A tolerância não pode ser a primeira vítima nem da crise financeira internacional nem sequer do terrorismo", disse hoje o ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Pedro Silva Pereira, à saída da sessão de abertura do encontro "Juventude e Diálogo Inter-Religioso". "Se nós percebermos como o diálogo intercultural é fundamental, não apenas para a construção da paz, mas também para a coesão das nossas sociedades, que são hoje muito diversificadas, sobretudo com os fluxos migratórios, percebemos que este tema [do diálogo intercultural] tem que estar na nossa agenda", acrescentou o ministro, que referiu também que a ideia preconcebida de que Portugal é um país multicultural e tolerante não afasta a obrigação de permanecermos "vigilantes". "O erro quando analisamos estes problemas tão complexos é sempre pensar que já estamos a fazer tudo quanto é preciso. É sempre possível fazer mais sobretudo no quadro europeu. Acho que a Europa com todos os seus valores de sociedade democrática e pluralista precisa de ter um papel mais activo e mais forte nesse equilíbrio das relações internacionais", defendeu Pedro Silva Pereira. O Encontro “Juventude e Diálogo Inter-Religioso” reuniu ontem representantes de várias religiões em Portugal e contou também com a participação da alta-comissária para a Imigração e Diálogo Intercultural. Rosário Farmhouse assinou um protocolo de cooperação entre o Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI) e a empresa municipal que gere os bairros sociais de Lisboa, Gebalis, para a defesa e valorização da diversidade religiosa na cidade. O encontro insere-se nas celebrações em Portugal do Ano Europeu do Diálogo Intercultural, promovidas pelo ACIDI. Redacção/Lusa


Diálogo inter-religioso