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UCP: Ensino técnico quer assentar em formação humana e cristã

Agência Ecclesia
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Responsáveis da instituição académica projetam novo ano letivo

Lisboa, 24 set 2013 (Ecclesia) - Os diretores das Faculdades de Ciências Humanas e de Ciências Económicas e Empresariais da Universidade Católica Portuguesa (UCP) revelam, no início do ano letivo, de que forma a matriz formativa se diferenciam de outras instituições.

A Faculdade de Ciências Humanas (FCH) é hoje procurada pela tradição que apresenta em algumas licenciaturas que são âncora para a reflexão e intervenção social e política como explica o diretor José Miguel Sardica, que sublinha os valores morais e éticos como diferenciadores da proposta educativa.

“As universidades são ao mesmo tempo as formadoras por excelência dos quadros e das elites que vão atuar na sociedade, na política, na economia e também devem ser sedes da reflexão científica que deve ajudar os atuais decisores a agirem melhor”, assinala à Agência ECCLESIA.

A UCP contribui através de uma “formação religiosa, humanista com uma identidade muito centrada na aprendizagem de valores morais e éticos” que veiculam os valores humanistas da Igreja Católica.

O Campus da em Lisboa foi instituído em 1967, ao abrigo da Concordata de 1940, esta foi a primeira universidade moderna não instituída pelo Estado.

O mercado de trabalho reconhece a marca UCP, como demostram os estudos de empregabilidade da FCH de 2011/2012, com uma média geral que ronda os 70%.

Com uma carteira de estágios com cerca de 200 organizações, José Miguel Sardica revela que os empregadores destacam, dos alunos da Faculdade de Ciências Humanas, para além da formação técnica, “uma boa formação humanista, ou seja, uma cultura geral alargada e uma postura de responsabilidade pessoal”.

Estes valores são transmitidos em disciplinas e/ou temas “em que é mais fácil fazer reflexões sobre as condições de exercício de política ou de sociedade” e que estão presentes em diversos cursos como serviço social ou jornalismo.

Segundo o diretor da FCH, “respeitando a liberdade de ensinar e a liberdade de aprender” conseguem criar uma cultura académica que os alunos novos “quando entram, sentem que é um espírito”.

[[a,d,4191,Emissão 22-09-2013]]A proximidade entre a instituição e os alunos é outra marca das faculdades da UCP onde existe o acompanhamento de diversas estruturas e há sempre interlocutores disponíveis.

“O exemplo que damos é do diálogo, do convívio, da academia no sentido que a passagem por uma instituição de ensino superior não devem ser apenas as notas. Queremos formar pessoas boas”, revela o diretor.

Francisco Veloso, diretor da Faculdade Ciências Económicas e Empresariais (FCEE), confirma esta preocupação “muito grande” e exemplifica com o ‘fim de semana do caloiro’, na Serra da Estrela: “Para criar entrosamento entre eles mas também de proximidade à escola e o diretor vai com os alunos”.

“Um aluno não é um número e queremos conhece-los e acompanhá-los porque acreditamos que essa ligação e compromisso não se esgota na passagem do aluno na escola”, acrescenta.

A proposta formativa da FCEE tenta equilibrar os valores do mercado com os valores humanos: “no diálogo entre estas perspetivas é que pensamos que a universidade e a faculdade trazem imenso valor”, destaca o diretor.

O “passado não é garante do futuro” e preocupam-se que os alunos que saem hoje sejam melhor do que os alunos que saíram ontem e assim sucessivamente.

“Que sejam melhores em várias dimensões, não apenas na perspetiva técnica que queremos que estejam nos melhores mas também na dimensão humanista e solidária como pessoas completas e preocupadas”, revela Francisco Veloso.

LS/CB



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