“A formação de equipas vindas das paróquias para perceberem os princípios e a Teologia básica do Curso Alpha para depois montá-lo mas suas paróquias” foi o objectivo central da Conferência Nacional Alpha, realizada no último fim de semana, em Praia de Mira, Coimbra. Um encontro que ultrapassou as expectativas visto que “tivemos apareceram grupos de Espanha” – referiu à Agência ECCLESIA o Pe. Jorge Santos, responsável pelos cursos Alpha em Portugal.
Este “método de evangelização de futuro” está implantado em 4 dioceses portugueses (Coimbra, Lisboa, Santarém e Setúbal) mas a médio prazo pretende que o curso de “tipo Kerigmático, que surgiu em Londres, na Igreja Anglicana, tenha uma abrangência nacional”. Destinado a padres e leigos, o curso pretende “chamar gente nova à fé” – salienta o Pe. Jorge Santos. E avança: “estes encontros pretendem ajudar a formar oradores e explicar os temas reflectidos”. As pessoas que fazem o curso Alpha “estão no grau zero” mas os animadores já têm uma base, “só precisam de ser entusiasmados”.
A explosão definitiva ainda não aconteceu porque “é necessário fazer publicidade” Há muita gente que não conhece mas “ele está a ramificar-se por todo o mundo” – sublinha o responsável. Este método de evangelização “está experimentado e dá muitos frutos”. Quando se fala de “trazer gente nova à Igreja”, a solução pode passar por este curso “que tem uma taxa de sucesso na ordem dos 70%” e “nalgumas paróquias a taxa é superior” afirma o Pe. Jorge Santos.
Em França, o curso Alpha tem “um grande sucesso”. Ao contrário de Portugal, onde “andamos a fazer um trabalho de chapa – dar a conhecer a padres e a leigos”.
Um caminho de “três meses” onde em cada semana se debate um tema de modo aprofundado: “Quem é Jesus?”; “Porque é que Ele morreu?”; “Sagrada Escritura”; “A diferença que faz a fé na vida”; “Oração”; “O que é a Igreja?” e “Evangelização”. E conclui: “é o anúncio do Kerigma (primeiro anúncio da fé)”. Um caminho de descoberta que motiva “os evangelizados a tornarem-se evangelizadores”.
As dioceses alentejanas foram das primeiras a enviar padres e leigos para estas conferências “só que ainda não foram capazes de o lançar”. E conclui: “talvez por falta de gente”.