Nacional

Um diácono no aniversário natalício do Bispo de Viana do Castelo

Paulo Gomes
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D. José Pedreira ordenou um diácono no dia em que fez 70 anos

A recepção do sacramento da ordem implica desde o primeiro momento “um compromisso sério de comunhão eclesial a ser vivido durante toda a vida” - afirmou D. José Pedreira durante a ordenação do diácono Paulo Emanuel Dias, na Sé Catedral de Viana do Castelo, ontem à tarde. No dia em que o Bispo Diocesano cumpriu 70 anos de vida, na Sé Catedral, evocou o «testemunho de fidelidade e heroicidade ao serviço da Igreja e da Boa Nova de Jesus Cristo» legado por muitos ao longo destes dois mil anos de cristianismo, dos Apóstolos, passando pelos discípulos de Emaús, até ao «exemplo do Papa João Paulo II, cujo termo de vida pudemos acompanhar». A fidelidade ao «compromisso com o Senhor, assinalou D. José Pedreira, «constituirá, para o Paulo Emanuel e para todos nós, garantia de ressurreição e de vida eterna e feliz». Desta fidelidade, referiu, faz parte, desde já, a vivência do amor ao povo de Deus, que um dia, após a ordenação presbiteral lhe será confiada, na «comunhão com o Bispo, com todo o presbitério e cada um dos presbíteros, companheiros de evangelização. Ao novo diácono da Igreja vianense, D. José Pedreira exortou ainda a viver o compromisso do celibato, da oração e da disponibilidade ao serviço para o exercício do ministério seja «luz e força» para todos aqueles que com ele se cruzarem. A missão do Diácono, reforçou o Prelado, consiste em trabalhar para a edificação da Igreja de Jesus Cristo, concorrendo para um mundo melhor, por isso deve ser capaz de «explicar as escrituras», atender os doentes, levando o sagrado viático e trazer para o centro aqueles que estão na margem. Partindo do texto onde se relata o encontro dos discípulos com o Ressuscitado, no caminho para Emaús, abatidos pelo desânimo, o Prelado de Viana do Castelo salientou que Deus se coloca «muitas vezes» no «caminho de quantos estão num momento de desânimo, de dificuldade e de incerteza» incutindo a esperança. No momento em que aquele jovem natural de Friestelas, do arciprestado de Ponte de Lima, entregava a sua vida a Jesus Cristo, o Bispo de Viana desafiou os presentes a descobrirem, diante de Deus, a sua vocação na Igreja e no coração do mundo. A Igreja, frisou, «necessita de uma multiplicidade de vocações em ordem a preencher os diversos ministérios que vão desde os ministérios ordenados, passando pelos ministérios laicais, por uma vocação ao matrimónio até às vocações de especial consagração». A celebração terminou com o coro da Sé Catedral a entoar o “parabéns a você…”, assinalando o septuagésimo aniversário natalício de D. José Pedreira que apenas manifestou uma amargura: «não ter outros setenta para dar ao Senhor».


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