Um trabalho de base para combater as desigualdades sociais LuÃs Filipe Santos 15 de Maio de 2006, às 17:23 ... JOC lamenta a fraca sindicalização em Portugal Os jovens trabalhadores católicos da Europa estão preocupados com o “aumento do desemprego, os salários baixos, o ficarem dependentes dos pais até mais tarde e a não realização no trabalho que exercem†– disse à Agência ECCLESIA Maria das Neves, Presidente Nacional da Juventude Operária Católica (JOC), organismo que acolheu o encontro de coordenação europeia (COEUR) da JOC. De 5 a 12 de Maio, na localidade de S. Pedro Moel, neste encontro os participantes concluÃram “que não há receitas†mas para que haja alterações “toda a economia deveria ter em conta a pessoa e não apenas o dinheiroâ€. E avança: “é o que está a acontecer neste momentoâ€. O aumento do desemprego está relacionado com a “deslocalização das empresas e o não cumprimento da leiâ€. O Homem “não está no centro†da economia porque tudo “gira em função do lucro†– denuncia Maria das Neves. Apesar de não existirem receitas, a presidente da JOC lança ingredientes para que a ementa se altere: “o lucro deve deixar de estar no centroâ€. Ao recordar o «caso francês», Maria das Neves realça que em Portugal – “no paÃs que nós temos – não era possÃvel o que aconteceu em Françaâ€. E aponta as razões: “as pessoas estão pouco mobilizadas para o problemaâ€. A mentalidade portuguesa é diferente porque as pessoas pensam “que resolvem a sua situação e quem quiser que resolva a sua†– reconhece. Portugal sofre de uma “falta de visão†de conjunto. A fraca sindicalização existente no nosso paÃs está relacionada com “a fraca organização dos trabalhadoresâ€. Sem a capacidade de diálogo, de partilha dos seus problemas e a planificação conjunta, Portugal “nunca terá as pessoas organizadas†– antevê a presidente da JOC. Estes e outros temas foram debatidos e analisados em S. Pedro de Moel, na Marinha Grande, no encontro da Coordenação Europeia (COEUR) da JOC que reuniu a Espanha, França, Roménia, Hungria, Inglaterra e Portugal. “A sindicalização é fraca em todos os paÃsesâ€. Apesar dos sindicatos estarem “politizados†é preciso fazer um trabalho de base. “Colocar as pessoas que vivem estas realidades†a debater estes problemas. Este é o trabalho “mais difÃcil de fazer†– enfatizou. PaÃses diferentes mas realidades semelhantes. Perante estes factos, estes organismos programaram um encontro de jovens trabalhadores europeus, a realizar de 3 a 5 de Agosto, em França. Uma iniciativa que terá como temática de fundo “o trabalho e a globalizaçãoâ€. E desabafa: “a globalização é inevitável mas é necessário analisar as consequências destaâ€. A integração de Portugal na União Europeia (UE) é um dado adquirido mas “é preciso chamar a atenção de quem nos governa e está à frente dos destinos da UE que o importante é o trabalhador†– esclareceu. Natural de Santa Maria da Feira, a presidente deste movimento da Acção Católica fica escandalizada com o aumento das desigualdades sociais. “A Banca com lucros enormÃssimos e os trabalhadores cada vez mais pobres†. Ao olhar para o panorama nacional, Maria das Neves constata que a região Norte do paÃs é a “mais afectada, o distrito de Braga e do Portoâ€. JOC Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...