Nacional

Viana inaugurou Casa Sacerdotal

Diário do Minho
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O Secretário de Estado-Adjunto do Ministro da Segurança Social, da Família e da Criança considerou que a Casa Sacerdotal de Viana do Castelo, ontem inaugurada, é um «obra exemplar e de necessidade absoluta» que deveria ser seguida por outras dioceses. Marco António Costa considerou que é de todo «inaceitável» que não fossem criadas «as mínimas condições de qualidade e de conforto» para quantos «devotaram uma vida inteira ao serviço dos outros», até porque «a solidariedade deve começar em casa». Falando depois de ter participado na cerimónia de bênção do novo edifício que vai acolher sacerdotes idosos e familiares ou pessoas que os acompanharam ao longo do seu exercício sacerdotal, o governante elogiou a decisão que permite aos futuros utentes trazerem as suas próprias mobílias, caso o desejem, entendendo que se trata de uma medida humanizadora, «tratando individualmente cada um», e, ao mesmo tempo, correcta do ponto de vista de gestão patrimonial, permitindo libertar verbas para outros sectores. Mesmo assim, Marco António, manifestando gratidão em nome do Estado pelo que a Igreja está a desenvolver por estes cidadãos particulares, trouxe um subsídio de 50 mil euros para mobilar a Casa Sacerdotal. D. José Augusto Pedreira, que presidiu à oração de bênção do novo edifício no espaço destinado à capela, era ontem um homem satisfeito por ver cumprido um dos objectivos a que se tinha proposto aquando da sua nomeação episcopal, em 1997, para Viana do Castelo: não terminar a missão sem ver resolvida a questão dos sacerdotes idosos. Na sua intervenção, o Bispo de Viana do Castelo aludiu ao «pequeno apoio económico» que o Estado deu para a construção da infra-estrutura, cerca de 250 mil euros, que «vale pelo que significa», ou seja, «reconhece os direitos [dos padres] na velhice», uma vez que no quadro legislativo este tipo de apoio não estava previsto. A Casa Sacerdotal de Viana do Castelo, uma infra-estrutura de apoio social com investimento global que ultrapassa um milhão de euros, conta com 22 camas, que vão permitir a instalação dos sacerdotes mais idosos que assim o desejem na etapa final da vida, quando tiverem terminado a sua tarefa mais produtiva. Concluída dois meses antes do prazo previsto, aquela casa sem degraus, porque desenvolvida no rés-do-chão, em torno de um claustro, comporta um conjunto de oito mini-apartamentos para responder às necessidades particulares dos sacerdotes que sempre foram pessoas habituadas a viverem independentes. Paulo Gomes


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