Visita pascal une os dois lados da fronteira LÃgia Silveira 10 de Abril de 2007, às 17:06 ... Em Viana do Castelo, e em todo o Alto Minho, o compasso é uma tradição que marca as celebrações da Páscoa. Uma visita que se estende pelo Domingo de Páscoa e Segunda feira. Acompanhado de alguns paroquianos, o padre ou alguém a substituÃ-lo, leva de casa em casa, a cruz a beijar. “É um grande convÃvio entre todosâ€, explica à Agência ECCLESIA, o Padre José Marques Alves, pároco de Cristelo Covo, em Valença do Minho. A sua paróquia vem acrescentar a este ritual do Alto Minho, a particularidade de no final da Visita Pascal, a cruz paroquial fazer uma travessia do rio Minho, também em visita pascal, à localidade fronteiriça espanhola, Sobrada, em Tui. Este é um ritual apreciado por todos, “numa confraternização que se estabelece entre os povos dos dois lados da fronteiraâ€. Antigamente “do lado de lá da fronteira, não havia tanta gente. Agora já têm um local próprio e vão de alguma forma «copiando» o que por cá se fazâ€, explica o pároco de Cristelo Covo, acrescentando que os espanhóis não têm a tradição do compasso. Na segunda feira de Páscoa, o barco atravessa então o rio Minho, levando a cruz pascal a beijar aos habitantes de Sobrada. O ritual é depois idêntico, em solo português, mas agora com o pároco da localidade galega. Esta localidade é por tradição uma zona de pescadores, actividade que se estende também à Páscoa. Enquanto dura o ritual da cruz, “os pescadores nos muitos barcos que se estendem ao longo do rio, lançam a rede e o que apanharem é por tradição, oferecido como folar da Páscoa, ao párocoâ€, explica o Pe. José Marques Alves. Esta é já uma tradição com “pelo menos uma centena de anos†e nos últimos 50 anos em que está à frente da paróquia, “nunca deixou de se realizarâ€, sendo um ponto alto nas celebrações desta região. Páscoa Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...