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Voluntariado Missionário em Retrospectiva

FEC
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No passado dia 14 de Novembro, as Oficinas de S. José, nos Prazeres, em Lisboa, receberam mais de 100 pessoas para comemorar o 5º Dia do Leigo Missionário, sob o lema A Missão de Portas Abertas, uma iniciativa da Fundação Evangelização e Culturas. Domingo último foi uma data comemorativa, os Leigos Missionários tiveram um dia dedicado a eles. As actividades começaram pelas 11 horas com a Missa de Envio e Acolhimento dos mesmos, presidida pelo Senhor Cardeal Patriarca de Lisboa, Dom José Policarpo, e transmitida em directo pelo canal televisivo TVI. Neste Dia do Leigo Missionário a Fundação Evangelização e Culturas (FEC), apresentou os dados estatísticos dos projectos promovidos pelas diversas entidades. Com Dom José Policarpo, os Leigos Missionários presentes e a restante comunidade reflectiu-se sobre o Voluntariado Missionário e a Nova Evangelização. Nem só de momentos cerimoniosos foi feita esta festa, também houve lugar para o divertimento. Após o prato cabo-verdiano, Cachupa, do almoço, deu-se início ao concurso “Quem Quer Ser Missionário”. Mais uma vez, foi notória a unidade entre os Leigos das entidades que participaram. Uma diversidade que cada vez mais marca a riqueza nestes encontros, acompanhada de muita alegria. O Magusto precedeu à entrega das lembranças. Cada participante recebeu um porta-chave com a imagem de marca deste dia de Missão de Portas Abertas. A Contabilidade do Laicado Missionário Após a cerimónia dominical, Dr. Jorge Líbano Monteiro, do Conselho de Administração da FEC, apresentou o resultado de um trabalho estatístico recolhido por esta Fundação. Entre 1986 e 2004, as entidades de voluntariado missionário cresceram. Foram 42 as entidades que prepararam e enviaram leigos para terras de missão “ad gentes”, sendo que nem todas operam anualmente. Um número incomparável ao que deu início a este movimento, na década de oitenta. Destas entidades, 40% trata-se de Congregações, seguidas por 31% que corresponde a Associações, Fundações, Movimentos, ONGD e outro tipo de organizações. As entidades diocesanas ou paroquias são 19% do total. Por fim, os grupos universitários completam as 42 entidades, com os seus 10%. Os mais velhos nestas Missões são os Leigos para o Desenvolvimento. A Paróquia de Famões e o grupo BéBáChiná (Paróquia de Algueirão) são os que entraram mais recentemente nestas acções de voluntariado missionário. Os anos em que mais entidades deram início à sua tarefa de levar jovens além fronteiras espalhar a Boa Nova foram os de 2003, 2000 e 1998. Destino temporal e físico Dos Leigos Missionários são, sobretudo, mulheres. Nas Missões até 2 meses, partiram 1491 pessoas, das quais 940 eram do sexo feminino e 551 do sexo masculino. Com um projecto de 3 a 10 meses, partiram 96 mulheres e 33 homens, ou seja, 129 pessoas. Por mais de 11 meses, deixaram o seu país natal, 340 pessoas, sendo que 225 eram raparigas e 115 rapazes. No total, já partiram em Missão1960 voluntários, 60% do sexo feminino e 36% do sexo masculino. Actualmente, decorrem 32% das Missões em Moçambique. Cabo Verde recebe 18% dos Voluntários Missionários e Angola 17%. São Tomé e Príncipe acolhe 11% dos projectos missionários, Guiné 9%, Brasil 9%, Timor 2% e Índia, Tanzânia, África do Sul, Malawi e México formam 1%. As Missões até dois meses têm maior destaque nestes dados, exceptuando o caso de Timor e do grupo formado pela Índia, Tanzânia, África do Sul, Malawi e México, onde as Missões de mais de 11 meses têm maior relevo. Em Cabo Verde, não são significativos os projectos de mais de 11 meses e os de 3 a 10 meses não são considerados. Em Angola, continua-se a dar mais destaque às Missões até dois meses. O Voluntariado Missionário entre 3 a 10 meses é menor do que aquele que é feito para lá dos 11 meses. Quanto a São Tomé e Príncipe, as missões de 3 a 10 meses não são contabilizadas, sendo que as Missões de mais de11 meses são em maior número que as até dois. No caso da Guiné, as missões de 3 a 10 meses têm mais importância numérica do que as de mais de 11 meses. No que respeita ao Brasil, não são notórias as missões de 3 a 10 meses. Existe uma parcela de alguns projectos de mais de 11 meses. A vivência antes, durante e depois Dos 1960 Leigos Missionários, 3% seguiu a Vida Consagrada, sendo que tanto para eles, como para os restantes 97% que não optaram por essa vocação, a consequência da sua experiência é visível. Não só tiveram e têm uma papel importante na sua comunidade de origem, como também desenvolveram um trabalho relevante nas terras para onde partiram. No local onde estiveram ao serviço, deram esse mesmo testemunho, realizaram trabalho frutuoso e apoiaram os Missionários e a Igreja Local. Aí, reforçaram a sua formação cristã adulta, viveram numa atitude de Serviço e Simplicidade, dentro da Igreja que os acolheu. Ainda tiveram a experiência da oração individual e em grupo, a tomada de consciência que também o Leigo é “Apóstolo” em coabitação com um grupo de outras pessoas que partilham a mesma vontade. A família, os amigos e os colegas de trabalho, no regresso, bebem da força do seu testemunho. A sua Paróquia e a Igreja Portuguesa, ganharam um novo dinamizador da Nova Evangelização. Fundação Evangelização e Culturas


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