Cerca de 30 jovens portugueses disponibilizaram-se para serem voluntários no Encontro Europeu de Jovens, realizado em Milão na passagem de ano. O seu trabalho passou por ajudar no acolhimento ou nos grupos de trabalho, bem como ajudar na distribuição das refeições, preparação das orações e ajuda nas paróquias.
Segundo Pedro Matos, que coordenou este grupo, “a adesão dos jovens portugueses para o voluntariado no encontrou europeu de jovens foi bastante boa”.
Participando num Encontro Europeu pela terceira vez, Pedro Matos revela que a sua relação com Taizé “é especial”.
“João Paulo II disse em 86, na sua visita a Taizé, que ‘se vai a Taizé como se vai às fontes da fé’ e é isso mesmo que me acontece a mim pessoalmente. Vou a Taizé e participo nestes encontros para retemperar forçar e enriquecer e aprofundar a minha fé em Cristo”, explica.
Sobre a morte do Irmão Roger, Pedro Matos considera que é “como que a perda de um pai”. “Tive o prazer de falar varias vezes com o irmão Alois durante o ano que passou na preparação em Lisboa e ao falar com ele já este ano em Milão foi-me dito por ele que conta com a ajuda de todos nós para a continuação do trabalho e da mensagem que o irmão Roger nos deixou”, prosseugue.
Por forma a preparar o encontro do próximo ano, em Zagreb, Portugal irá receber um irmão da Comunidade em Março de 2006, que irá percorrer o país e se deslocará pela primeira vez aos Açores.
Testemunho
Após no ano passado ter participado no encontro de Lisboa, este ano não podia deixar escapar a oportunidade de participar num encontro internacional fora do meu país. O desejo e a curiosidade de ser acolhida por pessoas que não conhecia e de viver alguns dias inserida numa comunidade com pessoas de diferentes nacionalidades e diferentes culturas, fascinava-me.
Foram uns dias espectaculares. Pessoas muito queridas que me acolheram, como se fosse família, e momentos muito bons passados em comunidade, tanto na paróquia que me acolheu, como no trabalho que realizei durante as orações do encontro.
Posso assim encontrar-me nas últimas palavras do Irmão Roger quando ele falava em alargar. O alargarmo-nos, ou seja, o abrirmo-nos aos outros, o vivermos em comunhão, independentemente de culturas, raças ou crenças. O darmo-nos sem esperar nada em troca, demonstrando assim o Amor de Deus.
O irmão Roger partiu, mas deixou-nos uma grande herança que devemos preservar levando-a aos outros e demonstrando assim que é possível vivermos em harmonia.
Vera Costa