Outro mês de violência na região do Darfur, no Sudão, levou mais de 200 mil pessoas a deixarem assuas casas, de acordo com a ONU. A falta de segurança também está a impedir a entrega de ajuda a 1,5 milhões de pessoas deslocadas na região, segundo o coordenador do apoio humanitário ao Sudão, Manuel Aranda da Silva.
A recente morte de dois funcionários da “Save the Children”, um britânico e um sudanês, salientou os riscos que as organizações humanitárias enfrentam.
A ONU ameaçou impor sanções ao Sudão se o governo fracassar no combate à violência em Darfur, palco de recente rebelião. O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, indicou, este mês, um painel para investigar notícias de genocídio no Darfur, uma região remota e árida do tamanho da França, onde cerca de 50 mil pessoas morreram nos últimos 18 meses.
O governo é acusado de não conter os “Janjaweed”, uma milícia de origem étnica árabe responsabilizada pela morte de milhares de civis negros africanos. O painel da ONU indicado por Annan tem um prazo de três meses para apresentar suas conclusões.