Debate sobre o lugar dos cristãos na Cidade marcou o arranque do ICNE
Uma cruz de 16 metros foi ontem erigida diante da Catedral de Notre-Dame, em Paris, dando início à celebração do Congresso da Nova Evangelização (ICNE) na cidade francesa. Agora, as portas de todas as igrejas estarão abertas e os 3 mil participantes que se deslocaram a Paris vão passar a semana a tentar encontrar os caminhos para a Nova Evangelização nas grandes cidades do Velho Continente.
A ideia de promover em cada ano o ICNE nasceu no decurso do Grande Jubileu do ano 2000, quando o cardeal Shönborn, arcebispo de Viena, D. José Policarpo, Cardeal-Patriarca de Lisboa, o cardeal Daneels, arcebispo de Bruxelas e o Cardeal Lustiger, arcebispo de Paris, decidiram avançar para o ICNE, uma dinâmica nova por meio do “congresso de evangelização” ou, segundo outra formulação, de grandes “missões urbanas”.
Durante esta semana, os participantes do Congresso reúnem-se no coração da cidade para muito mais do que uma simples troca de impressões teórica: o ICNE é um movimento missionário muito concreto, que apresenta mais de 450 iniciativas, entre concertos, procissões, iniciativas de rua, atelliers e conferências.
Os cristãos na metróploe
Já na manhã de hoje teve início o ciclo de conferências, com intervenções de estudiosos e especialistas de diversos países europeus sobre o compromisso dos cristãos no mundo da cultura, da política e na sociedade em geral.
A primeira jornada de trabalhos visava oferecer aos participantes uma compreensão do período em que vivemos, particularmente em relação às grandes metrópoles como as que deram origem ao ICNE.
“Podemos constatar, com surpresa, um renascimento do religioso nos nossos dias”, referiu a conferencista Hanna-Barbara Gerl Falkovitz, especialista em filosofia das religiões.
Segundo esta especialista, é preciso ter em atenção que “o vazio deixado no nosso espaço cultural permitiu que, de alguns anos a esta parte, se infiltrassem na Europa religiosidades que perdera praticamente todas as ligações com as formas aprovadas de culto”.
Nesse sentido, desafiou os presentes a “dar respostas às buscas de sentido para questões novas e antigas, como a da morte ou a da salvação”.
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