A ANS, Agência Internacional Salesiana de Informação, revelou que o drama dos refugiados internos em Angola aumentou desde a morte de Jonas Savimbi, em 2002.
O cenário traçado é dramático: “depois de 20 anos de lutas, Angola é um país devastado, com mortos, subnutrição, destruição. Calcula-se que haja disseminadas pelo seu território quinze milhões de minas e ainda hoje o problema dos refugiados internos não foi resolvido”, revela o artigo.
Para ilustrar a situação actual é apresentado o trabalho de um campo de refugiados gerido pelos Salesianos em Luena. “Lançamo-nos o desafio de dar esperança a quem não tinha”, conta numa carta o Pe. Santiago Christophersen.
“Ao findar a guerra – acrescenta –, a distribuição de alimentos nos campos dos refugiados impediu-nos de fazer o trabalho pastoral. Tomamos sob os nossos cuidados 15.000 pessoas às quais depois ministramos uma primeira alfabetização para os adultos e oferecemos o oratório para os mais pequenos”.
Em Março de 2002 o governo pediu aos religiosos para reabrir o Centro de acolhimento para os ex-soldados da UNITA e suas famílias.
“Agora, no mês de Dezembro, o Centro já acolheu 1.200 pessoas. Os refugiados podem tomar banho, comer três vezes por dia, ser informados sobre o perigo das minas, sobre a prevenção da SIDA e as crianças vão à escola para aprender o que é possível”, conclui o testemunho dos Salesianos.