Declarações do Cardeal López Trujillo, presidente do Conselho Pontifício para a Família
Por ocasião dos dez anos do Ano da Família, celebrado em 1994, o cardeal Alfonso López Trujillo escreveu um artigo no qual defende com vigor o papel e o futuro da família.
“A família situa-se no centro do combate decisivo para a humanidade (...), no centro do grande combate entre o bem e o mal, entre a vida e a morte, e a ela se confia a tarefa de lutar antes de tudo para libertar as forças do bem, cuja fonte se encontra em Cristo redentor do homem”, escreve o presidente do Conselho Pontifício para a Família no jornal vaticano L´Osservatore Romano.
O purpurado recorda que já em 1994 houve uma tentativa de contemplar o termo famílias, no plural, evitando o uso do singular, família.
“O uso no plural de famílias abria a porta a diferentes e caprichosos conceitos de família, dissolvendo a sua verdade. Então já se anunciavam as tendências, em alguns parlamentos e instituições, que nestes dez anos introduziram notáveis ambiguidades de conceito, uma verdadeira confusão de natureza filosófica, jurídica, antropológica e cultura, cujos efeitos nocivos resultam evidentes”, critica.
O responsável da Santa Sé para a Família lamenta “a progressiva desumanização em nome da modernização, amparada por um secularismo que desemboca no neopaganismo”.
Nesse sentido, sublinha que “o homem é único e irrepetível, não se pode separar desta via, da família. Vem ao mundo por meio da família e a ela deve o fato de existir como pessoa”.
O Cardeal López Trujillo indica, com respeito à família, que se deve preservar “a sua importância pública, política, central na vida social”.