Vaticano

A revolução pacífica de João Paulo II

Luís Filipe Santos
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Palavras de Lech Walesa no vigésimo quinto aniversário do nascimento do sindicato Solidarnosc

Ao celebrar os 25 anos do nascimento do sindicato Solidarnosc (Solidariedade), Lech Walesa atribuiu a João Paulo II a inspiração deste movimento, em particular o seu carácter pacífico. “Ele não nos pediu que fizéssemos uma revolução, não pediu um golpe de Estado, sugeriu que tínhamos que definir-nos a nós mesmos”, afirmou o líder sindical que ajudou a depor o regime comunista na Polónia. “Então a nação polaca e outras despertaram” - apontou o electricista que se converteu no primeiro presidente democrático do país depois da Guerra. Walesa declarou que a visita de João Paulo II, em 1979, à Polónia deu aos polacos o valor para rebelar-se contra os líderes comunistas do país. “Independentemente do que hoje se pensa ou do preço que pagamos então, conseguimos fechar uma época de divisão, de blocos e de fronteiras, abrindo o caminho para uma era de globalização” - acrescentou em seu discurso. As celebrações dos 25 anos de Solidarnosc culminarão esta quarta-feira, com uma missa em Gdansk, à qual assistirão vários líderes mundiais. Na celebração, o enviado especial do Papa será o novo arcebispo de Cracóvia e antigo secretário de João Paulo II durante quatro décadas, D. Stanislaw Dziwisz.


João Paulo II