Vaticano

«Ad Limina»: «Há a preocupação de que do Sínodo resulte alguma coisa», diz delegado de Portugal

Agência Ecclesia
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Conselho Pontifício para os Leigos
Conselho Pontifício para os Leigos

D. Antonino Dias apresentou no Vaticano a perspetiva da Conferência Episcopal sobre a Família e os Leigos

Paulo Rocha, enviado da Agência ECCLESIA ao Vaticano

Cidade do Vaticano, 11 set 2015 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal Laicado e Família (CELF) afirmou em Roma que do Sínodo sobre a Família deve “resultar alguma coisa” e assumiu que “é difícil implementar no terreno” os desafios traçados para a Pastoral Juvenil.

D. Antonino Dias participou nos encontros da Conferência Episcopal Portuguesa com os Conselhos Pontifícios para a Família e para os Leigos, que se realizaram hoje no âmbito da visita ‘ad Limina’ que os bispos de Portugal estão a fazer ao Vaticano.

O presidente da CELF referiu, a respeito da assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Família, marcada para outubro, que está a decorrer um tempo de “reflexão”.

“Estamos a caminhar, neste tempo de reflexão, de preparação para que depois alguma coisa saia”, referiu o também bispo de Portalegre-Castelo Branco.

“O Santo Padre quer que no Sínodo se fale abertamente, sem medos, sem receios. Estamos dentro desse processo e aguardamos com esperança que alguma coisa resulte”, acrescentou.

D. Antonino Dias vai participar como delegado, com D. Manuel Clemente, no Sínodo que decorre a partir de 4 de outubro no Vaticano; antes vai estar no Encontro Mundial das Famílias em Filadélfia (EUA), que o Papa vai encerrar a 27 de setembro.

“São sempre encontros muito positivos para quem participa e também para quem, mesmo ficando nas suas dioceses, assumiu a preparação à distância refletindo sobre as catequeses que o Encontro Mundial proporciona”, disse o presidente da CELF.

D. Antonino Dias comentou também a preocupação do Papa Francisco pela “debandada da juventude”, expressa esta segunda-feira no discurso dirigido aos bispos de Portugal no início da visita ‘ad Limina’.

“É um facto. A palavra não é bonita, mas é uma realidade que há um afastamento. Por outro lado também há muitos jovens que aderem e se sentem felizes e são capazes de ter o encontro pessoal com Cristo, de uma forma consciente e verdadeira, que oriente toda a sua vida, e são capazes de projetos definitivos para as suas vidas”, referiu o presidente da CELF.

Para D. Antonino Dias, “tem que se passar de um sistema de escola para um sistema de catecumenado, de aprendizagem, que não é só intelectual, mas vida”.

“É sempre difícil implementar as linhas que estão tratadas e não é por falta de orientações que as coisas não acontecem. Mas porque é difícil implementar, no terreno, essas exigências e os desafios que nos são postos”, recordou.

“A Comissão Episcopal estimula, incentiva, mas necessariamente tem de ser feito nas dioceses e nas paróquias”, concluiu D. Antonino Dias.

Os bispos de Portugal estão a realizar a visita ‘ad Limina’ ao Vaticano desde segunda-feira até hoje, com um programa que inclui encontros com os diferentes organismos da Santa Sé.

PR



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