Vaticano

Administrador Apostólico de Cabinda nega-se a abandonar o seu lugar

Octávio Carmo
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O recém nomeado Administrador Apostólico de Cabinda, m Angola, assegura que não irá abandonar o seu lugar, apesar das agressões de que foi alvo na passada segunda-feira. “Permaneço no meu lugar para continuar a missão que me foi confiada pela Igreja”, disse D. Eugenio Dal Corso em declarações à agência Fides, do Vaticano. Apenas uma semana depois da sua nomeação para Administrador Apostólico de Cabinda, o Bispo italiano, de 66 anos, já teve de enfrentar o clima de tensão e violência que marca o enclave angolana e afecta directamente a vida da Igreja. Alguns grupos contestam, por motivações políticas, a designação de D. Filomeno Vieira Dias, nomeado Bispo de Cabinda em Fevereiro, mas que ainda não tomou posse. Esses grupos locais exigem que o Papa nomeie um prelado natural de Cabinda, como o predecessor, D. Paulino Madeca, e não de Luanda. D. Dal Corso tinha chegado a Cabinda quinta-feira 14 de Julho, para tomar posse como Administrador Apostólico e preparar a posse de D. Filomeno do Nascimento Vieira Dias, actual Bispo Auxiliar de Luanda. “Estou bem, mesmo tendo sofrido uma agressão bastante violenta com golpes na cabeça que, graças a Deus, não tiveram consequências graves”, diz o prelado, Bispo de Saurimo, no norte de Angola. Um grupo de pretensos fiéis agrediu D. Eugénio dal Corso, Administrador Apostólico da Diocese de Cabinda, quando este se preparava para celebrar a missa. na igreja de Nossa Senhora da Imaculada Conceição. O Bispo ficou com vários hematomas e uma luxação na mão. “Os médicos queriam internar-me, mas preferi regressar à Casa Episcopal, para dar um sinal de tranquilidade”, afirma o Bispo italiano. A Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) condenou a agressão sofrida pelo novo Administrador Apostólicos de Cabinda e anunciou a celebração uma missa de solidariedade para o próximo dia 28 de Julho. “Foi com máxima indignação que a Igreja católica recebeu a tristíssima notícia da ‘agressão física’ perpetrada contra a pessoa de Sua Excelência Sr. D. Eugénio Dal Corso, Venerando Bispo de Saurimo e Administrador Apostólico da Diocese de Cabinda”, refere uma nota da CEAST.


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