“A África não quer ser a terra dos sofrimentos esquecidos”: este é o título do artigo do Arcebispo de Dacar, Cardeal Théodore Adrien Sarr, publicado no jornal “L’Osservatore Romano”, por ocasião da visita do Papa a Camarões e Angola (17-23 Março).
O Cardeal, também presidente da Conferência Episcopal Regional da África Ocidental, diz que a Igreja espera de Bento XVI, antes de tudo, “um novo estímulo para a edificação da Igreja como casa e família de Deus e como fraternidade de Cristo”.
Os católicos africanos esperam ainda motivações “para assumirem melhor as suas responsabilidades no âmbito das graves questões sociais que dilaceram a África: a migração maciça, com a consequente fuga de pessoas preparadas, e a incapacidade do Continente em estruturar-se como espaço habitável para os seus filhos, da qual derivam também o crescente subdesenvolvimento, a corrupção, a pobreza e a miséria, o mau governo, a pandemia da SIDA e a dívida externa”.
Se a Igreja na África representa “a grande esperança da Igreja em todo o mundo – escreve ainda o arcebispo de Dacar -, esta Igreja descobre em Bento XVI uma oportunidade excepcional, a fim de que essa esperança não seja desiludida”.