Uma situação desesperada, leva a Ajuda à Igreja que Sofre a actuar de emergência para atenuar os efeitos da catástrofe humanitária que se vive no Níger.
O Níger, país varrido pela fome, irá receber 15.000 € para bens de primeira necessidade da parte da Ajuda à Igreja que Sofre. Esta ajuda visa atingir especificamente os que sofrem com a fome e os desesperados – e vem no seguimento do apelo de auxílio não só para o Níger mas para toda a extensão da região de Sahel da África Ocidental, que tem sido dizimada pela seca e pragas de gafanhotos.
O subsídio, anunciado no dia 4 de Agosto, será distribuído pelo Bispo de Niamey, capital do Níger, que tem sido peça chave na batalha contra a falta de água e as epidemias que em conjunto deixaram o país sem meios de subsistência.
Numa mensagem à AIS, o Bispo Michel Christian Cartatéguy escrevia, "Desde Janeiro de 2005 que a Igreja tem trabalhado por todo o país combatendo a fome, distribuindo comida aos mais destituídos, providenciando tratamento médico aos doentes, especialmente às crianças subnutridas, através dos sete centros de saúde que dirigimos. Olhando para o futuro, D. Cartatéguy acrescentou: "Vamos continuar até à colheita que será em Novembro o mais tardar. Depois começaremos a estabelecer campos de cultivo perto de recursos de água. Precisamos de dinheiro para comprar sementes e cercas para delimitar os campos e também para substituir o gado dos nómadas que perderam todos os seus animais."
O auxílio enviado pela Ajuda à Igreja que Sofre para o Níger aumentou consideravelmente pelo quantidade de benfeitores que nos contactou para manifestar solidariedade através das suas orações e donativos. O espectro da desolação paira sobre toda a região de Sahel na África Ocidental, uma das áreas mais pobres do mundo.
A fome ameaça a Mauritânia, o Burkina Faso e o Mali, que sofreram também da mesma invasão de gafanhotos e seca que afectou o Níger.
A Ajuda à Igreja que Sofre, que ajuda cristãos perseguidos e atingidos pela pobreza, prometeu auxílio urgente para a região de Sahel. Norbert Neuhaus, secretário-geral da instituição apelidou esta ajuda de "sinal da solidariedade cristã" e sublinhou ainda o compromisso solidário em ajudar padres, irmãs e catequistas numa região onde a presença do Cristianismo é impedida de crescer pelo Islamismo. Menos de 1% dos 11,3 milhões de população do Níger é católica.
D. Cartatéguy disse que os representantes da Ajuda à Igreja que Sofre estão neste momento envolvidos no encontro que prepara o plano de acção que visa ajudar as vítimas da crise alimentar no Níger.
Departamento de Informação da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre