Vaticano

Ajuda à Igreja que Sofre continuará a apoiar Igreja perseguida na China

Fundação AIS
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A Ajuda à Igreja que Sofre vai continuar a apoiar a Igreja “clandestina” na China e critica as autoridades de Pequim pela falta de progressos a nível legal e judicial em matéria de liberdade e discriminação religiosa. A agência AsiaNews e o Centro de Estudos do Espírito Santo em Hong-Kong estão a promover uma campanha na Europa e nos Estados Unidos pedindo a libertação de 18 bispos e 19 sacerdotes chineses. Neville Kyrke-Smith, director da secção inglesa da Ajuda à Igreja que Sofre, viajou recentemente pela República Popular da China onde teve oportunidade de se encontrar com bispos e contactar com as comunidades cristãs, rurais e urbanas. “Temos de denunciar e agir de forma a auxiliar os nossos irmãos e irmãs em Cristo. Eles testemunham a fé e desafiam-nos a viver a nossa própria fé de forma mais plena durante esta Quaresma”, afirma este responsável. “A Ajuda à Igreja que Sofre está empenhada em apoiar os católicos chineses – alguns dos quais sofrem uma perseguição directa, enquanto outros têm de suportar restrições impostas pelo Estado, que resultam numa opressão de forma indirecta”, acrescenta Neville Kyrke-Smith. Para este responsável, a comunidade internacional fracassou ao não reconhecer as violações à liberdade religiosa por parte da China, nação que foi escolhida para acolher os Jogos Olímpicos de 2008. “Não é apenas em relação à venda de armas que o Ocidente tem sido hipócrita, mas também na questão real da liberdade na China”, declarou. As novas medidas legislativas recentemente anunciadas pelo Governo de Pequim para, segundo o executivo chinês, “garantir a liberdade religiosa, a harmonia entre as religiões e a sociedade” foram criticadas pelo Padre Bernardo Cervellera, director da AsiaNews. Para o sacerdote, as novas normas não definem o que é uma religião, limitam a liberdade à promoção da unidade do Estado, à solidariedade do povo e à estabilidade social, continuando a não admitir a intervenção do Vaticano em assuntos religiosos. O Padre Cervellera destaca como único facto positivo a condenação aos abusos de poder por parte do Departamento de Assuntos Religiosos. A agência noticiosa AsiaNews, em colaboração com o Centro de Estudos do Espírito Santo de Hong-Kong, decidiu promover uma petição internacional dirigida ao Parlamento Chinês e ao Comité Olímpico Internacional que inclui uma lista de 19 bispos e 18 sacerdotes da chamada “Igreja clandestina” (que permanece fiel ao Vaticano e que não é oficialmente reconhecida pelas autoridades chinesas) que foram detidos ou impedidos de exercer o seu magistério. A lista publicada pela AsiaNews (www.asianews.it) refere 6 bispos, com idades entre os 50 e os 83 anos, que estão desaparecidos desde que foram detidos, bem como outros 13 prelados que se encontram em prisão domiciliária. A lista inclui ainda 18 sacerdotes que foram condenados a 3 ou mais anos em campos de trabalho e outros cujo destino se desconhece após terem sido detidos. Esta campanha internacional conta com a colaboração de diversas comunidades, órgãos de comunicação social, organizações cristãs e “websites”na Europa e nos Estados Unidos. Em Portugal, o site Pensa Bem (http://www.pensabem.net/) aderiu a esta campanha, que conta já com o apoio, entre outros, do jornal italiano Avvenire, da Rádio Vaticano, da Rádio Católica do Canadá, do jornal inglês Christian Today e da agência Zénit. Departamento de Informação da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre


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