Vaticano

«Ajuda à Igreja que Sofre» denuncia situação da Igreja na Sibéria

Fundação AIS
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O Bispo da Diocese de Irkutsk relatou à “Ajuda à Igreja que Sofre” a situação actual dos católicos na Sibéria Oriental. Os crentes católicos siberianos encontram vários obstáculos para viver de acordo com a fé que professam, como revelou Monsenhor Cyryl Klimowicz. “Os católicos na Sibéria vêem-se forçados a utilizar casas particulares para se reunirem e para participarem nos serviços religiosos. Devido a este facto, os católicos são vistos como membros de seitas, aos olhos de muitos habitantes locais”, refere. A Diocese de São José, situada no distrito de Irkutsk, é talvez a maior diocese do mundo em termos territoriais, com uma extensão de 10 milhões de quilómetros quadrados. No entanto, estima-se que existam apenas cerca de 50 mil católicos nas cem paróquias desta diocese. Monsenhor Cyryl Klimowicz refere a sua diocese conta presentemente com 45 sacerdotes, dos quais apenas um é de nacionalidade russa. Para servir as necessidades espirituais dos fiéis, a Diocese de São José conta ainda com cerca de meia centena de religiosas e um missionário. Estes homens e mulheres da Igreja vivem uma vida difícil, especialmente na obtenção de vistos de entrada no país, no caso dos sacerdotes e missionários vindos do estrangeiro, mas também em relação à impossibilidade de visitar todas as paróquias, devido às enormes distâncias que as separam. De forma a alterar este “estado das coisas”, o prelado elegeu como prioridade para a Diocese de São José a construção de novas igrejas ou, pelo menos, de novas capelas. Monsenhor Cyryl Klimowicz considera também essencial a formação de futuros sacerdotes: “Actualmente, temos apenas um jovem da diocese está a preparar-se para o sacerdócio no seminário de São Petersburgo. Espero que outros jovens sigam o seu exemplo”. Em conclusão, o prelado alertou para o facto de que o apoio vindo do exterior “continua a ser indispensável para a luta quotidiana da Igreja siberiana”.


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