No arquipélago indiano de Andaman e Nicobar, a assistência de organizações católicas perante da tragédia do tsunami é um ponto de referência no acolhimento das vítimas.
As ilhas de Andaman e Nicobar perderam mais de 10 mil habitantes no maremoto de 26 de Dezembro. O número total de mortos nos países do Índico atingidos pelo fenómeno supera os 235 mil.
De acordo com o bispo de Port Blair, capital do arquipélago, a catedral católica de Maria Stella Maris converteu-se no “maior centro para os refugiados do tsunami”, albergando cerca de 1400 pessoas.
“É uma benção ver que a tristeza e o desespero se transformam em alívio graças aos rostos sorridentes das crianças que brincam em torno da catedral”, reconhece D. Aleixo das Neves Dias.
Segundo o prelado, os funcionários do governo não cooperam com o pessoal eclesiástico nos trabalhos de ajuda e só se aproximam dali para visitas oficiais. “Desde que o povo se refugiou em nossas casas, estamos a distribuir alimentos, roupas e medicamentos aos desabrigados”, confirma.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) elegeu o hospital católico de St. John - administrado pela Conferência Episcopal da Índia -, na ilhas Nicobar, como centro operativo para o controlo de doenças na região.