Os terroristas da Al-Qaeda estão a ameaçar as crianças cristãs no Iraque com a morte, caso não se convertam ao Islamismo.
O facto é relatado numa reportagem de jornal católico espanhol La Razón. Segundo o jornalista Fernando Pérez Barber, que escreve desde Bagdad, “a multinacional islâmica do crime, Al-Qaeda, propôs-se retirar os cristãos do Iraque à força de dinamite”.
Na onda de terror que ao longo do último ano tem atingido os cristãos no país, o jornalista destaca um acontecimento: os terroristas colocaram um conjunto de granadas no interior de uma escola primária, situada em Mossul, com uma nota dirigida às crianças, que dizia: “convertei-vos ao Islão ou serão assassinados”.
Pérez Barber afirma que “a frequência e o alcance dos ataques, sequestros e coacções que não é possível negar que os ‘jihadistas’ do Al-Qaeda colocaram os cristãos caldeus-assírios entre os seus objectivos preferenciais”.
“A comunidade cristã encontra-se em xeque”, assegura.
Os radicais conseguiram aterrorizar aos cristãos através da destruição de destilarias alcoólicas, propriedade de cristãos; assassinatos selectivos de vendedores de bebidas, ameaça às mulheres que não levam o véu (hiyab) e, colocando bombas em Igrejas.
“Actualmente, alguns centros educativos e muitos dos templos caldeus-assírios estão a ser guardados por tropas armadas desde que as ameaças começaram a concretizar-se em atentados”, explica o jornal espanhol.
Mais de uma dúzia de mosteiros, templos e conventos foram objecto de atentados desde o Natal passado. No passado fim-de-semana, cinco Igrejas de Bagdad sofreram ataques e cada vez menos fiéis se atrevem a assistir às celebrações litúrgicas.
Segundo Pérez Barber, desde o final da I Guerra do Golfo até a invasão norte-americana do ano passado, a população cristã do país caiu para metade, até chegar a 800.000 fiéis. Esse número não deixou de diminuir desde que as tropas aliadas ocupam o país, com numerosas famílias a fugirem para países vizinhos.