Uma sobrevivente polaca de um campo de concentração publicou ontem um livro que recolhe o relacionamento da sua família com João Paulo II, incluindo cartas do falecido pontífice.
Wanda Poltawska era uma amiga do Papa, de Cracóvia, que ele definia como “irmã”.
Quatro dias após a eleição como Papa, (16 de Outubro de 1978), Karol Wojtyla, do Vaticano, enviou a Poltawska uma carta assinada “BR” («brother», irmão).
Karol Wojtyla conheceu Poltawska, que hoje tem 87 anos, na década de 50, tendo ficado muito amigo dela e do marido. Durante a Guerra, ela foi prisioneira no campo de concentração de Ravensbruck, na Alemanha, tendo sido submetida a experiências médicas, pelos nazis.
Já em Cracóvia, como médica, ocupou-se da assistência à vida. Fundou o Instituto da teologia da família e as primeiras casas de ajuda a mães solteiras.
Em 1962, Wojtyla escreveu ao Padre Pio (canonizado por ele, em 2002), pedindo graças para a amiga Poltawska, doente de cancro. Não chegou a ser operada, dado ter ficado curada.
Poltawska perguntara se deveria destruir a sua correspondência e Wojtyla teria respondido que não. O livro é publicado pelas Edições São Paulo.