Vaticano

Angola ainda está em reconstrução

Octávio Carmo
...

Secretário-geral da Conferência Episcopal Angolana faz balanço do pós-guerra

Angola ainda vive uma etapa de reconstrução, rumo ao futuro, dois anos depois do final da guerra civil que destruiu o país. “O país está a viver uma fase de reconstrução destinada a durar ainda muito tempo”, referiu à agência Fides D. Eugénio Dal Corso, Bispo de Saurimo e Secretário-geral da Conferência Episcopal Angolana. “No campo político, o país está a preparar-se para as eleições gerais, cuja data ainda não foi estabelecida. O MPLA, quer marcá-las para 2006, enquanto alguns partidos da oposição preferem antecipar a consulta eleitoral para 2005”, acrescenta. O prelado referiu que um dos principais problemas que o país está a enfrentar é reintegração dos refugiados, que durante a guerra tinham fugido para países vizinhos, como a Zâmbia, a Namíbia ou a Republica Democrática do Congo. “Aqueles que tentam regressar sozinhos encontram dificuldades, pois não recebem assistência. Muitos, graças a assistência do governo e do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados conseguem voltar, gozando da assistência para a reintegração na vida social e económica do país”, relata o Bispo. A guerra gerou uma imensa destruição. Em Luanda, 40% dos jovens não vão à escola e nas áreas rurais, a situação é ainda mais graves. As estruturas da Igreja também sofreram graves danos durante os longos anos da guerra civil: igrejas, casas paroquiais e missões, foram completamente destruídas. “A agricultura está em fase de crescimento, mesmo que seja essencialmente de subsistência. O problema das minas existe, mas limita-se às regiões centrais, como Huambo e Kwito-Bié”, concluiu D. Eugénio Dal Corso. Notícias relacionadas • João Paulo II apela à reconciliação nacional em Angola


Angola