Angola é dos paÃses mais minados do mundo Agência Ecclesia 04 de Abril de 2009, às 12:48 ... As minas em Angola, paÃs ainda considerado um dos mais minados do mundo e onde se estima a existência de 80 mil vÃtimas, continuam a fazer baixas, em torno de 80 pessoas por ano. Os dados foram avançados à Agência Lusa por Madalena Neto, coordenadora da subcomissão de Apoio e Reinserção Social da VÃtima de Mina da Comissão Nacional Intersectorial de Desminagem e Assistência Humanitária (CNIDAH), quando falava por ocasião do Dia Internacional de Luta contra as Minas, que se assinala a 04 de Abril. Segundo a responsável, uma das principais acções da CNIDAH é a educação sobre o risco das minas, através de campanhas de sensibilização, com vista a diminuir os acidentes. Entretanto, a coordenadora reconheceu que os acidentes com minas atingem entre os 80 e 100 casos por ano, na maior parte das vezes por falta de informação. "Isto tem acontecido sobretudo com populações de zonas agrÃcolas, que querem fazer o seu cultivo, e com crianças, que, na sua inocência, brincam com qualquer coisa", explicou. De acordo com Madalena Neto, este mês vai arrancar em todo o paÃs o processo de registo nacional das vÃtimas de minas, com duração de dois anos, para apurar o número real das pessoas no paÃs afectadas. As estimativas dos números de vÃtimas existentes datam de 2000, altura em que o paÃs vivia ainda uma guerra civil entre as tropas governamentais e a UNITA, que acabou dois anos depois, por coincidência a 4 de Abril, o Dia Internacional Contra as Minas. As actividades de desminagem continuam a decorrer por todo o paÃs, tendo sido criadas, em 2007, nove equipas regionais para o acompanhamento dos trabalhos nas 18 provÃncias de Angola, explicou à Lusa o assessor nacional de Controlo de Qualidade de Desminagem da CNIDAH, Lito João. Nas provÃncias do Kuando Kubango, Malange, Huambo, Bié e HuÃla, ainda consideradas as mais minadas, foi instalada uma equipa em cada uma devido à essa particularidade. A redução dos apoios financeiros por parte da comunidade internacional, que se verifica desde 2006, também tem dificultado os trabalhos, referiu Lito João, salientando que os altos indicadores de crescimento económico de Angola estão na base dessa redução. "Pensamos que na componente humanitária essa ajuda não se deveria reduzir, porque o Estado tem responsabilidades, como a reconstrução do paÃs", referiu. Os números reais de minas existentes no paÃs não estão disponÃveis, havendo estimativas do tempo da guerra de que teriam sido implantadas um milhão de engenhos nos solos de Angola. Actualmente, sete anos depois de alcançada a paz no paÃs, a CNIDAH está preocupada em fazer o levantamento das localidades com presença de minas. Esse levantamento, que terminou em 2007, conseguiu identificar mais de três mil localidades das 20 mil pesquisadas com altos nÃveis de minas, tendo já sido mais de 50 por cento delas sido desminadas. Com Lusa Angola Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...