O embaixador de Angola junto da Santa Sé, Armindo do Espírito Santo, considerou que a visita de Bento XVI a Angola não vai melhorar, mas sim concretizar as boas relações já existentes entre ambas as partes
Falando à Angop, o diplomata angolano, caracterizou como “excelentes” estas relações que a esse nível, como afirmou, se resumem a um carácter estritamente político.
No caso da Santa Sé, referiu que se podem considerar dois tipos de relações: a primeira entre esta e a Igreja em Angola, e a Santa Sé e o Governo angolano.
Em ambos os casos, sublinhou, a cooperação é boa, sendo de realçar a participação milenar de missionários e freiras nos domínios da saúde e educação no país.
No que concerne à comunidade angolana no Vaticano, o diplomata revelou que a mesma circunscreve-se a sacerdotes e religiosas que se baseiam essencialmente em Roma, onde alguns administram congregações e outros frequentam instituições de ensino, como colégios e universidades.
Relativamente à visita do Papa a Angola, o chefe da representação diplomática no Estado do Vaticano reputa-a de “histórica” e disse ser reveladora da importância que a Santa Sé e, em última instância, o Papa, atribuem a Angola.
Aludiu ao facto de, numa das suas mensagens, Bento XVI ter referido que apoiava os esforços de reconstrução e reconciliação no país, pelo que acredita ser esta a auréola da visita do Chefe da Igreja Católica a Angola.
“Há que ter em conta que conseguimos levar a bom termo o processo de pacificação, estamos a realizar com êxito a reconstrução nacional e não deixa de ser um exemplo para outros países ainda em conflito no continente”, observou o embaixador Armindo do Espírito Santo.
Redacção/AngolaPress