O milhão de cristãos residentes na Síria estão empenhados na celebração do Ano Paulino. Os cristãos lembram em particular, o evento da conversão de São Paulo, ocorrido na estrada de Damasco.
O Pe Antonio Musleh, pároco de São João Damasceno, em Damasco, explica à Rádio Vaticano que o Ano Paulino, para os sírios e, em particular, para os damascenos, “significa reviver com São Paulo a sua missão”.
O sacerdote recorda que Paulo foi a Damasco cheio de “ódio, raiva e vontade de matar os cristãos, mas saiu da Síria com Jesus Cristo e desejo de paz para todo o mundo”, explica, acrescendo ser este o sentimento que o mundo precisa. “Precisamos fazer viver São Paulo dentro de nós para levar a paz de Damasco ao mundo”.
O religioso melquita afirma que os cristãos na Síria são um exemplo, “um modelo de convivência entre todas as comunidades religiosas, também para os não-cristãos, os muçulmanos e, quando aqui habitavam, os judeus”.
O segredo desta convivência pacífica, segundo o sacerdote melquita, está na acção do governo sírio que, mesmo diante do fenómeno do fundamentalismo, “soube manter o equilíbrio entre todas as comunidades religiosas”.