Ano Sacerdotal quer ajudar padres, diz Bento XVI

"O objectivo deste Ano (Sacerdotal, ndr), como escrevi na carta que enviei aos sacerdotes, é renovar em cada um deles a aspiração à perfeição espiritual, motor da eficácia do seu ministério. Esta iniciativa servirá também para reforçar em todo o Povo de Deus a consciência do dom imenso que representa o ministério ordenado para quem o recebe, para toda a Igreja e para o mundo", disse.

Bento XVI fez uma analogia entre São Paulo, que realizou inúmeras viagens, e o Cura d'Ars, que desempenhou o seu trabalho pastoral uma pequena aldeia francesa. "Os dois têm em comum uma identificação total com seu ministério e uma profunda comunhão ao Cristo", afirmou.

O Papa disse esperar que este Ano seja um tempo para que todos os sacerdotes aprofundem a sua "íntima união com Cristo crucificado e ressuscitado".

"Ao acolher o desejo de Cristo, na oração e na união de coração com Ele, o sacerdote é ministro da saúde dos homens, de sua bondade e de sua autêntica libertação. A sua união pessoal com o Senhor deve envolver todos os aspectos de sua vida e actividade", prosseguiu.

Concluindo a catequese, Bento XVI confiou todos os presbíteros, neste Ano Sacerdotal, à protecção de Maria, Mãe da Igreja, e pediu orações para que eles "cresçam fiéis à sua missão de ser sinais da presença e da infinita misericórdia de Cristo".

O Papa dirigiu-se no final da audiência aos "amados peregrinos de língua portuguesa", deixando "uma cordial saudação de boas-vindas para todos, nomeadamente para o grupo de Famões e os paroquianos de Espinho, confiando às vossas preces de modo particular os sacerdotes, neste ano a eles dedicado, para que sejam, a exemplo do Santo Cura d´Ars, sinal e presença da infinita misericórdia de Deus no meio dos seus irmãos. Sobre vós e vossas famílias, desça a minha Bênção".