Vaticano

Arcebispo acusa fundamentalistas de destabilizarem relações entre Igreja e Estado no Sri Lanka

Fundação AIS
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O Arcebispo de Colombo, Monsenhor Oswald Gomis, lamentou que grupos evangélicos “fundamentalistas” estejam a explorar a situação criada pelo tsunami, apelando à conversão ao Cristianismo nos campos de desalojados em troca de auxílio. Em entrevista à Ajuda à Igreja que Sofre, Mons. Oswald Gomis, referiu que entre algumas comunidades budistas “tem aumentado o mal-estar em relação aos cristãos fundamentalistas”. O Arcebispo de Colombo, capital do Sri Lanka, alegou que alguns missionários evangélicos menos sensíveis “procuram explorar a situação criada pelo tsunami, deslocando-se a campos de desalojados onde pregam às pessoas – especialmente às crianças – a conversão ao Cristianismo”. O Sri Lanka é um país onde a população é maioritariamente budista e os cristãos representam cerca de 10% da população. O prelado considera que o comportamento de alguns grupos evangélicos estão a fomentar o ódio dos budistas em relação aos cristãos, incluindo os católicos. Esta situação está também a ser aproveitada por militantes budistas que estão a pressionar o Governo para que sejam aprovadas leis para banir a conversão religiosa e restringir a liberdade religiosa. As relações entre a Igreja Católica e o Estado voltam a ser colocadas em causa nas semanas que antecedem as eleições presidenciais no Sri Lanka, marcadas para 17 de Novembro, nas quais será eleito o sucessor do Presidente Chandrika Kumaratunga. Mons. Oswald Gomis teme que as relações venham a piorar caso se confirme a vitória, como apontam as sondagens, do candidato Mahinda Rajapakse. O candidato tem o apoio dos nacionalistas budistas que têm pressionado o Parlamento para aprovar a “Lei de Proibição de Conversões Forçadas” que iria passar a criminalizar os casos de conversão de uma religião para outra. Departamento de Informação da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre


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