O Arcebispo de Kirkuk, D. Louis Sako, defendeu que “se os norte-americanos deixassem o país, correr-se-ia o perigo de guerra civil” bem como de uma divisão do Iraque, devido à influência dos países da área, como Irão, Síria e Turquia.
A advertência foi lançada em Milão por ocasião da entrega do Prémio “Defensor fidei”, pelo bimestral católico “Il Timone”. A distinção reconhece o compromisso do prelado em favor do diálogo inter-religioso.
''A Igreja Caldeia – explicou Dom Sako – é a Igreja das origens também para o Ocidente. Hoje somos poucos, mas se desaparecêssemos, seria uma grande perda para o Ocidente, mas também para o mundo muçulmano”.
No Iraque, inúmeros cristãos foram obrigados a deixar o país, mas o Arcebispo de Kirkuk não perde o optimismo: “Antes, havia uma ditadura absoluta. Com a queda do regime que controlava tudo, voltou a liberdade e agora é necessário educar as pessoas a respeitar os outros. Por isto, queremos o diálogo com os muçulmanos'', disse.
O Arcebispo indicou ver com confiança a possibilidade de um encontro do presidente do Irão com o Papa: “Se houver um diálogo sincero, poderá vir uma ajuda para o Iraque e para todo o Médio Oriente”.
(Com Rádio Vaticano)