O arcebispo Zacarias Kamwenho lançou um forte apelo à comunidade interncaional, no sentido de se ajudar rapidamente a população da diocese de Lubango, em Angola.
“Temos necessidade de tudo: entre nós, morre-se de malária, de tuberculose e de Sida.
A expectativa de vida não supera os 45 anos e existe tanta, tanta pobreza, que basta pensar que podem se dar por felizes, os que dispõem de um dólar por dia, para viver”, disse o prelado, durante uma visita à Itália.
“A nossa arquidiocese é muito grande - acrescentou D. Kamwenho - e compreende quatro províncias, com um total de 2,5 milhões de habitantes.”
Para o responsável católico - prémio Zakharov do Parlamento Europeu em 2001 e reconhecidamente um dos símbolos da exigência de paz, liberdade e justiça do povo angolano-, as necessidades fundamentais passam pela construção de escolas, hospitais, poços e alojamentos para os missionários.
A guerra destruiu tudo e determinou a eclosão de grandes epidemias. Não nos deixem sozinhos! A situação é terrível e, sozinhos, não conseguiremos fazer frente às milhares de solicitações de ajuda que recebemos”, apelou.
Mesmo quando as ajudas são enviadas, a arquidiocese acaba por ter dificuldade em chegar a elas, quando não acabam por desaparecer totalmente, sem deixar vestígios, acusa ainda.