Vaticano

Arcebispo de Mossul pede aos EUA que se retirem do Iraque

Octávio Carmo
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O arcebispo siro-católico de Mossul, D. Basile Georges Casmoussa, pediu aos EUA que comecem a pensar “num plano de retirada do Iraque, para dar aos iraquianos a possibilidade de governar o país com soberania plena e não limitada". O prelado foi raptado esta segunda-feira e libertado menos de 24 horas depois, sem nenhum tipo de ferimento e sem ter pago nenhum resgate, situação que atribuiu à intervenção do Papa João Paulo II. Em relação às eleições do final deste mês, D. Casmoussa tem dúvidas sobre a possibilidade de realizá-las. “Como simples cidadão, suponho que as eleições sejam, por si só, um bem, porque darão voz ao povo depois de um longo período, mas eu pergunto-me, se o actual clima de insegurança será adequado para garanti-lasâ€, comentou. “A situação é muito tensa", acrescentou. O Bispo Auxiliar caldeu de Bagdad, D. Shlemon Warduni, também descreveu ao diário italiano "La Stampa" o caos que se tornou o quotidiano do Iraque ocupado: "A vida é difícil, em virtude da falta de estruturas, de gasolina, electricidade, e sobretudo porque a criminalidade aumentou muitoâ€, assinala. Segundo D. Warduni, "a maioria das pessoas não é contra os cristãos, mas a situação não é tranquila, não existe paz e existem os fanáticos que se aproveitam disso".


Guerra do Iraque