O Arcebispo de Nampula ontem para Maputo, onde vai encontrar-se coma a liderança da Igreja Católica local e com o Procurador-geral da República de Moçambique.
Em cima da mesa voltará a estar a denúncia do tráfico de órgãos e crianças naquela província moçambicana. No dia 13 de Setembro de 2003, numa denúncia assinada pelo Arcebispo de Nampula, D. Tomé Makhweliha, pelo Reitor do Seminário Inter-diocesano, Pe. Carlos Alberto Gaspar Pereira, pela leiga consagrada da Arquidiocese de São Paulo, Maria Elilda dos Santos, e pela superiora do Mosteiro Mater Dei, Ir. Maria Cármen Calvo Ariño (Ir. Juliana), foram divulgados vários acontecimentos estranhos e preocupantes ocorridos na cidade de Nampula.
Essa denúncia foi levada à reunião da Conferência Episcopal de Moçambique, que decidiu apresentar o problema ao Presidente da República, Joaquim Chissano.
A viagem foi confirmada à Agência ECCLESIA por um missionário em Nampula, o qual informou ainda que a marcha pacífica na cidade, programada para o próximo dia 21, foi adiada devido à deslocação de D. Tomé a Maputo. A manifestação a exigir "respeito pela dignidade humana" vai mesmo ir para a rua, apesar deste adiamento, e contar com a presença do líder da Igreja Católica local, em data ainda por definir.
A Igreja Católica em Nampula emitiu um comunicado, na passada quinta-feira, onde repudia "todas as notícias caluniosas" que alguma imprensa tem publicado, "nomeadamente desprestigiando todo o trabalho credível das irmãs do Mosteiro Master Dei".
"Exigimos que as investigações continuem e cheguem à conclusão de forma exaustiva, transparente, coerente e incondicional", frisava, o documento.
O Arcebispo de Nampula, D. Tomé Makhweliha, quis assim declarar como “falsas” todas as afirmações que tendem a mostrar uma Igreja dividida.
Para saber mais• Congregações religiosas não recuam na denuncia do tráfico de crianças e órgãos humanos em Nampula• Igreja Católica em Moçambique apresenta os casos que denunciou ao presidente Chissano