Uma equipa de arqueólogos da Velha Jerusalém descobriy as ruínas da piscina de Siloé, da qual se dá conta no Evangelho segundo São João. Esta descoberta confirma a precisão de muitos dos detalhes oferecidos no relato evangélico, que muitos interpretam como sendo menos “histórico” do que os Evangelhos sinópticos.
James H. Charlesworth do Seminário Teológico de Princeton, um perito no Novo Testamento, assinalou ao jornal Los Angeles Times que "alguns estudiosos afirmavam que a piscina de Siloé. Agora encontramo-la exactamente no lugar no que João disse que estava”.
“Precisamos de saber quão grande é. Este poderia ser o maior e importante miqveh (piscina ritual) que alguma vez se encontrou”, precisou.
Em Dezembro do ano passado, uma equipa de arqueólogos descobrira em Jerusalém vestígios em pedra que acreditam pertencer à piscina de Siloé, onde Jesus, segundo a Bíblia, restituiu a visão a um cego(Jo 9,1-7). A passagem apresenta Jesus cuspindo na terra, formando barro e untando-o nos olhos do homem que, depois de lavar-se na piscina de Siloé, recupera a vista.
Localizada no que é actualmente o bairro árabe de Siloé, os arqueólogos desenterraram pedra a pedra a piscina, onde ainda corre água num canal que a liga a uma fonte próxima.
A piscina de Siloé foi usada por judeus para imersões rituais durante 170 anos até ao ano 70, quando os romanos destruíram o Templo judeu de Jerusalém.
Os escavadores descobriram a piscina de Siloé a 180 metros de outra piscina que foi construída entre os anos 400 e 460 A.C. pela imperatriz Eudocia do Bizancio, quem, segundo os peritos, encarregou a reconstrução de vários lugares bíblicos.