Vaticano

Aumenta o drama das crianças-soldados

Octávio Carmo
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A organização não governamental “Coligação para Acabar com o Uso de Crianças-Soldados” denunciou que milhares de crianças estão a ser forçadas a combater em pelo menos 20 conflitos no mundo, principalmente em África. Os dados constam de um relatório divulgado ontem pela ONG (http://www.child-soldiers.org/resources/global-reports?root_id=159&category_id=165), que analisou a situação em 196 países, desde 2001. De acordo com o documento, intitulado "Relatório Global sobre Crianças-Soldados 2004", dezenas de milhares de crianças estão a ser utilizadas para combater em praticamente todos os conflitos no mundo, tanto do lado das forças governamentais como das rebeldes. O fim das guerras no Afeganistão, Angola e Serra Leoa, levou à desmobilização de 40 mil crianças-soldado, mas cerca de 25.000 menores foram recrutados somente nos conflitos na Costa do Marfim e no Sudão. Casey Kelso, director internacional da ONG, destacou que "as crianças deveriam ser protegidas das guerras e não usadas para realizá-las. Os governos e os grupos armados estão a roubar a infância de gerações inteiras de crianças”. A ONG pede aos governos que proíbam o recrutamento dos menores de 18 anos em qualquer força armada e que ratifiquem e apliquem plenamente o tratado da ONU sobre crianças-soldados. Pelo menos 60 governos, entre os quais a Alemanha, Austrália, Áustria, Estados Unidos da América, Holanda e Reino Unido, continuam a recrutar legalmente jovens de 16 e 17 anos.


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