A escalada de violência registada nos últimos dias no Iraque causou mais de uma centena de mortos, com o medo e a insegurança a instalaram-se no Iraque.
Um mês passado sobre a transferência de poderes para a administração iraquiana verificaram-se os mais mortíferos ataques terroristas, com atentados suicida e tiroteios que causaram 110 mortos e dezenas de feridos.
D. Louis Sako, arcebispo de Kirkuk, descreveu à Fundação Ajuda à Igreja que Sofre as atrocidades que ocorreram no Iraque, no último mês: ataques terroristas, sequestros de pessoas, assassinatos por motivos de vingança e explosões de carros armadilhados. O prelado não tem dúvidas em afirmar que “estes ataques destinam-se a minar o sucesso dos planos da Coligação para modernizar e democratizar o Iraque”.
O arcebispo transmitiu as suas preocupações ao cônsul britânico e ao cônsul americano em Kirkuk, com quem D. Louis Sako discutiu questões de segurança. Na sua opinião, “o Ocidente deve intervir de forma a apoiar o novo regime pró-democrático”.
Entretanto, Collin Powell, o Secretário de Estado norte-americano, deslocou-se hoje a Bagdade numa visita surpresa que se destina, segundo a BBC News, a dar um sinal claro do apoio dos Estados Unidos ao novo executivo iraquiano.
Com esta viagem ao Iraque o Secretário de Estado pretenderá também discutir a viabilidade de constituir uma coligação militar composta por tropas de países muçulmanos para assegurar a segurança no Iraque, proposta que foi sugerida nos últimos dias pela Arábia Saudita.
D. Louis Sako, que para além de arcebispo de Kirkuk é também porta-voz para o diálogo inter-religioso, salientou que “as boas relações entre nós e os nosso vizinhos muçulmanos são vitais”.