Um protesto, assinado por doze teólogos e historiadores, espanhóis e italianos, considera que algumas acções do Pontificado de João Paulo II são um obstáculo à sua beatificação.
Em conferência de imprensa realizada na passada segunda feira, em Roma, os teólogos críticos, apresentaram um protesto, assinado por nomes como Juan José Tamayo, Casiano Florestán e J.M. Castillo, que se refere ao tratamento dado por João Paulo II a temas como a Teologia da Libertação, a ética sexual, o papel das mulheres na Igreja, e a tolerância excessiva perante os regimes ditatoriais nos países ibero americanos.
Na opinião do ex-secretário de João Paulo II, o Arcebispo de Carcóvia Stanislaw Dziwisz, este protesto não vem prejudicar o processo de beatificação e que “este tipo de manifestações só ajudarão a que a beatificação se realize com mais rapidez e firmeza”, disse à agência de notícias polaca PAP.
“Do Santo Padre – acrescentou ainda - só se pode dizer que sempre defendeu o homem perante as falsas ideologias e os seus pregadores e penso que se trata de mais uma oportunidade para corroborar a santidade de João Paulo II”, frisou.
Perante os nomes que assinam este protesto contra a beatificação de João Paulo II, o ex-secretário do anterior Papa conclui dizendo: “na realidade um protesto com estas caracteristicas pode e deve ser ignorado”.
O Processo de beatificação de João Paulo II foi iniciado na Diocese de Roma a 28 de Junho de 2005, depois de Bento XVI ter anunciado a 13 de Maio a dispensa de cinco anos de espera após a morte, prevista numa situação normal de processo de beatificação e canonização e no passado dia 30 de Novembro, conforme noticiou a Agência ECCLESIA, foi dada a conhecer a cura, sem explicação cientifica, de um cancro de que foi vitima uma Irmã religiosa na França, o que poderá apressar a beatificação do Papa João Paulo II.