Bento XVI pediu aos cristãos da Terra Santa que permaneçam na região, apesar das dificuldades que enfrentam diariamente, declarando que esta Igreja deve ser “um sinal e um instrumento de comunidade com Deus e com todo o género humano”.
“Tende a coragem de ser fiéis a Cristo e permanecer na terra que Ele santificou com a sua própria presença”, disse.
O Papa celebrou esta Quinta-feira juntamente com os com os Bispos, os sacerdotes, os religiosos e as religiosas, os movimentos eclesiásticos e os agentes pastorais da Galileia, na Basílica da Anunciação de Nazaré
“Os cristãos são uma minoria no Estado de Israel e nos territórios palestinos, por vezes pode parecer que a vossa voz conta pouco. Muitos dos vossos amigos cristãos emigraram na esperança de maior segurança e melhores perspectivas de vida”, admitiu.
O Papa falou da sua “forte comoção” por estar presente neste local, construído sobre a gruta onde, segundo os Evangelhos, Maria recebeu a visita do Anjo Gabriel a anunciar o nascimento de Jesus, e encorajou os cristãos da região.
“Como Maria, vós tendes um papel no plano divino de salvação, levando Cristo ao mundo, dando testemunho dele e difundindo a sua mensagem de paz e unidade”, declarou.
“A vossa unidade na fé, na esperança e no amor é um fruto do Espírito Santo que permanece em vós e vos torna capazes de ser instrumentos eficazes da paz de Deus, ajudando-vos a construir uma reconciliação genuína entre os diversos povos que reconhecem Abraão como seu pai na fé”, acrescentou.
Bento XVI foi saudado por D. Paulus Nabil Sayah, Arcebispo maronita, o qual afirmou que a presença do Papa é um “sinal de esperança” e destacou a importância dos peregrinos para a comunidade católica da Terra Santa.