Bento XVI reafirmou este Domingo “o primado da caridade na vida do cristão e da Igreja”, na linha do que defendeu na sua primeira encíclica, “Deus caritas est”, publicada na semana passada.
Falando aos peregrinos, após a recitação do Angelus, Bento XVI sintetizou a mensagem da sua encíclica: “Se compreendemos que o amor de Deus é a questão fundamental da nossa vida, então a nossa perspectiva muda”. “Toda a história da Igreja é história de santidade, animada pelo único Amor, que tem o seu manancial em Deus”, acrescentou.
O Papa quis sublinhar que a sua primeira carta apresentou uma série de “testemunhos privilegiados”, os Santos e Beatos da Igreja, “que fizeram da sua existência, com mil tonalidades, um hino ao Deus Amor”.
Em particular, o Papa fez referência aos santos que a liturgia recorda nestes últimos dias de janeiro: o apóstolo Paulo, com os discípulos Timóteo e Tito, S. Ângela Merici (1470-1540), S. Tomás de Aquino (1225-1274) e S. João Bosco (1815-1888).
“São santos muito diferentes entre si: os primeiros pertencem aos inícios da Igreja, e são os missionários da primeira evangelização; na Idade Média, Tomás de Aquino é o modelo do teólogo católico que encontra em Cristo a síntese suprema da verdade e do amor; no Renascimento, Ângela Merici propõe um caminho de santidade também para quem vive no âmbito secular; na época moderna, Dom Bosco, inflamado pela caridade de Jesus, Bom Pastor, atende os jovens mais desfavorecidos e converte-se para eles num pai e mestre”, descreveu.
O número 40 da primeira encíclica de Bento XVI menciona alguns dos santos mais conhecidos pela sua caridade, entre os quais se encontram o português João de Deus, Camilo de Lelis, Vicente de Paula, Luisa de Marillac, José Cottolengo, Luis Orione, e a Beata Teresa de Calcutá.