O bispo de Quelimane acusou os órgãos eleitorais de Moçambique - Comissão Nacional de Eleições (CNE) e Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE) - de estarem a “executar uma fraude eleitoral”, deixando-se instrumentalizar pela Frelimo, no poder desde a independência, em 1975.
Numa entrevista ontem publicado pelo semanário “Zambeze”, D. Bernardo Governo sustenta que a população da Zambézia - o segundo maior círculo eleitoral do país - está “cansada de ser roubada”.
“Assistimos a fraudes programadas pela CNE e executadas pelo STAE” acusa o prelado, que lança um aviso: “o povo pode ser analfabeto, mas não é parvo e um dia será feita justiça”.
O bispo de Quelimane não limita as suas críticas à CNE e ao STAE, atacando ainda Armando Guebuza, o candidato da Frelimo e provável sucessor do Presidente Joaquim Chissano, que acusa de ter participado “em todos os horrores” que se viveram no país, numa alusão à repressão dos anos 70 e 80.
