O Bispo chinês D. Shi Enxiang, da Igreja Católica “clandestina” está desaparecido no país há 4 anos, sem que as autoridades chinesas ofereçam qualquer notícia sobre o seu paradeiro.
D. Shi Enxiang, de 83 anos, faz parte da lista de 18 Bispos e 20 padres desaparecidos divulgada pela agência católica AsiaNews, do Instituto Pontifício para as Missões Estrangeiras (PIME). A ausência de informação faz temer que possa ter tido o mesmo fim de D. Fan Xueyn e D. Li Lifang, Bispos que morreram na prisão.
As fontes da Igreja na China chamam ainda a atenção para o desaparecimento, há 6 anos, do Pe. Liu Deli, da mesma Diocese de Yixian, na província de Hebei.
A Igreja clandestina na China, fiel ao Papa, é formada por católicos que não aceitam o controlo exercido pelo governo comunista através da Associação Patriótica Católica, instituição que se atribui o direito de nomear bispos ou controlar outros muitos aspectos da vida da Igreja. Embora o Partido Comunista (68 milhões de membros) se declare oficialmente ateu, a Constituição chinesa permite a existência de cinco Igrejas oficiais, entre elas a Católica, que tem 5,2 milhões de fiéis. Segundo fontes do Vaticano, a Igreja Católica "clandestina" conta mais de 8 milhões de fiéis, que são obrigados a celebrar missas em segredo, nas suas casas, sob o risco de serem presos.