Durante uma visita ao secretariado internacional da Fundação “Ajuda à Igreja que Sofre”, na Alemanha, o Bispo da Diocese de Fénérive-Est, D. Désiré Tsarahazana, pediu apoio urgente para reconstruir edifícios que foram destruídos durante as tempestades tropicais que assolaram a ilha.
Em Março deste ano um ciclone semeou a destruição no norte da ilha africana de Madagáscar. As cheias provocaram a morte de centenas de pessoas e mais de 300 mil viram as suas casas serem levadas pelas águas que destruíram também grande parte das infra-estruturas na região.
O Bispo da recém-criada Diocese de Fénérive-Est, tem procurado auxílio no estrangeiro para reconstruir uma região e minorar o sofrimento dos seus 750 mil habitantes, 20 por cento dos quais são católicos. As catástrofes naturais, a instabilidade política e a inflação crescente fizeram com que grande parte da população de Madagáscar não tenha actualmente a possibilidade de comprar alimentos básicos, como o arroz, encontrando-se totalmente dependente da ajuda vinda do exterior.
“Apesar destes problemas e do rápido crescimento da população, bem como da disseminação da iliteracia entre o nosso povo, existe uma coexistência pacífica entre católicos, protestantes e os seguidores das religiões tradicionais”, observou o prelado. A crise que se abateu sobre várias comunidades teve, pelo menos, um aspecto positivo - unir na solidariedade crentes de diversas religiões.
Numa altura em que surgem notícias de que Madagáscar irá rever a legislação relacionada com a adopção internacional de crianças, devido ao aumento de casos relacionados com o tráfico de menores, D. Désiré Tsarahazana, coloca o acento tónico na promoção e defesa da família: “A família é o núcleo de toda a sociedade e a primeira ‘Igreja’ para os fiéis”.
