Vaticano

Bispos apelam à reconciliação e à paz social na Guiné-Bissau

Fundação AIS
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Os bispos guineenses referem estar “profundamente preocupados e amargurados” com a situação militar que se vive no país e dirigem um apelo em prol da estabilidade e da paz social na Guiné-Bissau, abalada pela “crise militar de 6 de Outubro”. Os bispo de Bissau e Bafatá, respectivamente D. José Câmnate na Bissign e D. Pedro Zilli, dirigem um apelo “às comunidades católicas, a todos os crentes e todas as forças vivas da Nação, aos homens e mulheres de boa vontade” para que em união possam encontrar uma solução para a crise que se vive na Guiné-Bissau. Os prelados afirmam-se “profundamente preocupados e amargurados perante a situação de crise militar”, causada pela sublevação militar da passada semana, na sequência da qual foram mortos, entre outros, o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Veríssimo Seabra e o responsável dos recursos humanos do Estado-Maior, coronel Domingos de Barros. Lembrando o início do Ano Eucarístico, os prelados sublinham que “a Eucaristia é fonte de perdão, de reconciliação, de fraternidade, de comunhão e de unidade entre os povos” e também que a “força transformadora do perdão é muito maior do que a da violência”. Os bispos de Bissau e Bafatá convidam os católicos e os crentes para continuarem a rezar para que em momento de crise a sociedade guineense encontre estabilidade social e política, através do diálogo, da justiça, da paz e do amor. Neste apelo os prelados pedem também aos políticos e aos dirigentes da nação para que se sacrifiquem pelo bem comum, em detrimento de “interesses pessoais e de grupo”. Dos militares, “imbuídos de espírito patriótico”, os bispos guineenses esperam a garantia da segurança e o bem-estar das populações.


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